Banda Sinfônica José Siqueira faz homenagem às mulheres

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Será no auditório da Reitoria da UFPB, campus de João Pessoa, nesta sexta-feira (30), às 18h; também será homenageado o maestro Eleazar de Carvalho

 

A Banda Sinfônica José Siqueira, tendo à frente o coordenador e regente Sandoval Moreno, sobe mais uma vez no palco do auditório da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campus de João Pessoa, nesta sexta-feira (30) a partir das 18h. O concerto, o primeiro de 2012, com um repertório diversificado vai homenagear as mulheres e o maestro Eleazar de Carvalho e terá  como solista Danielly Dantas e regência de Sandoval Moreno.

 

O concerto vai prestar duas homenagens, a primeira será para as mulheres, considerando o mês de março o da mulher com a clarinetista Danielly Dantas tocando um solo com a banda. A segunda homenagem será para o maestro Eleazar de Carvalho, que este ano comemora 100 anos do seu nascimento.

 

No programa constam peças Capitão Mauricio de Antonio Benedito, Concertino de C.M. Von Waber, Trompete Voluntário de H. Prusell e Contraste de Fernando Morais.

 

A Banda Sinfônica José Siqueira foi criada em 1986, no Departamento de Música da UFPB, com o objetivo de promover o desenvolvimento dos alunos de sopro e percussão por meio da prática instrumental de conjunto. Na sua programação de concerto tem dado ênfase ao repertório brasileiro e o tradicional de banda sinfônica.

 

De acordo com o coordenador e regente titular, Sandoval Moreno, a “Big Banda”, ou “Grande Banda”, foi muito popular no Brasil dos anos 20 aos 50, período que ficou conhecido como Era do Swing. “No Brasil esse tipo de banda fez muito sucesso nos anos 70. Depois de mais de 20 anos sem novidades, esses grupos estão voltando à cena”, relatou.

 

Sobre Eleazar de Carvalho

Eleazar de Carvalho nasceu em Iguatú no Ceará, em 28 de julho de 1912 e faleceu em São Paulo, em 12 de setembro de 1996. Foi um importante regente brasileiro. Seus pais eram Manuel Afonso de Carvalho e Dalila Mendonça.

 

Transferiu-se ainda jovem para o Rio de Janeiro, tocando tuba na Banda do Batalhão Naval. Teve sua primeira ópera, O Descobrimento do Brasil, estreada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1939, recebendo, no ano seguinte, o diploma de maestro. Foi para os EUA em 1946. Em 1963 tornou-se doutor em música pela Washington State University, nos Estados Unidos. Fez doutorado em Letras e Humanidades, pelo Hofstra College, em Hampstead.

 

Nos Estados Unidos, estudou regência com Sergey Koussevitzky, no Berkshire Music Center, em Massachusetts. Em 1947 dividiu com Leonard Bernstein a função de assistente do maestro Koussevitzky, que o sucedeu após sua morte ficando até 1965. Foi diretor Musical da Saint Louis Symphon y Orchestra. Estreou em 1950, na Europa, no Palais Beaux-Arts em Bruxelas.

 

Atuou longamente como Regente Titular na Orquestra Sinfônica Brasileira, no Rio de Janeiro. Foi Diretor Artístico e, Regente Principal da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Foi Diretor Artístico e Regente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Fundador da cadeira número 32 da Academia Brasileira de Música. Foi Diretor Musical da Saint Louis Symphony Orchestra.

 

Teve relevante atuação pedagógica tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, onde seu nome é indissociável do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

 

Em seu tempo de vida, Eleazar de Carvalho era conhecido por seu temperamento forte e pelo vigor de seu fazer musical, respeitado tanto no repertório tradicional quanto em dois campos que ele sempre se empenhou divulgar: a música contemporânea e a brasileira.

 

Eleazar foi casado com Jocy de Oliveira, também musicista, e era pai do economista Eleazar de Carvalho Filho.

 

Eleazar de Carvalho assumiu a coordenação musical do festival de inverno de Campos do Jordão em 1973 e continuou com ele até a sua morte, o festival acontece até hoje todo mês de julho e o maestro sempre é lembrado.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Marcos Figueiredo
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