O público que comparecer, esta semana, ao estande do Centro de Informática (CI) da UFPB, durante a Expotec – Exposição de Tecnologia da Informação e Inovação (www.expotec.org.br), vai ter a oportunidade de conhecer e interagir com diversas inovações tecnológicas desenvolvidas por pesquisadores  do centro de ensino, a maioria ainda não apresentadas aos paraibanos. 

A Expotec será realizada de 27 a 30 deste mês, no Centro de Convenções de João Pessoa. O evento vai reunir, além de vários expositores, os nomes mais expressivos do cenário nacional para falar dos avanços que revolucionam e impactam os diversos campos da tecnologia.

Realizada pela Associação Nacional de Inclusão Digital (Anid), a Expotec terá cerca de 90 expositores, que apresentarão soluções e lançamentos em tecnologia de setores como universidades, órgãos públicos e empresas.  O acesso à área de exposição da Expotec é aberto ao público, das 9h às 20h.

No estande, que ficará aberto aos visitantes durante os quatro dias do evento, o Centro de Informática vai mostrar o aplicativo VLibras, desenvolvido pelo Núcleo Lavid, e que faz a tradução do conteúdo de qualquer texto, vídeo e áudio do português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), através de um avatar.

Essa solução tecnológica vai beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros que têm algum grau de deficiência auditiva e que encontram dificuldades para compreender o conteúdo de informações disponibilizadas nos portais do Governo Federal porque não dominam bem a língua portuguesa.  O projeto tem o apoio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. No Núcleo Lavid, o projeto é coordenado pelo professor Tiago Maritan.

Meu remédio

Os visitantes também serão impactados com o aplicativo Meu Remédio, desenvolvido pelo pesquisador e professor do CI, Waldir Roque, e equipe. Esse aplicativo foi criado para dispositivos com sistema operacional android e sua finalidade é servir como uma ferramenta de apoio no gerenciamento da ingestão de medicamentos prescritos por um médico, evitando assim que os horários, doses e especificações sejam esquecidos pelos usuários.

Fácil de instalar no celular, o aplicativo tem várias funcionalidades, dentre elas, especificar o nome do remédio e detalhes sobre a prescrição; fotografar a embalagem do medicamento (caixa do remédio) de forma a facilitar a identificação do remédio a ser administrado; especificar o intervalo de tempo necessário para tomar a medicação, indicando o horário em que o medicamento foi tomado pela primeira vez, além de soar um alarme com chamada visual na tela indicando o remédio que deve ser administrado naquele instante.

Outra ferramenta que será exposta no estande do CI e que também chamará a atenção do público é a RailBee, um sistema que permite visualizar informações estratégicas para monitoramento de trens, como posição, velocidade e estimativa de passageiros em qualquer instante e de qualquer veículo. Por meio da disponibilidade e análise contínua dos dados, é possível tomar decisões de forma mais rápida e segura em relação a manutenção e tráfego, visando melhorar a qualidade dos serviços prestados aos usuários. O professor Eudisley Anjos é um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa ferramenta.

Meninas em Computação

No estande do CI, os visitantes irão saber como pesquisadores vêm trabalhando no sentido de estimular o ingresso de meninas e jovens mulheres nos cursos e carreiras relacionadas às áreas de Ciências da Computação e Engenharia da Computação. O projeto “Meninas em Computação” é um exemplo de iniciativas dessa natureza, pois, na UFPB, assim como em várias universidades brasileiras, esses cursos apresentam uma predominância masculina. No Centro de Informática da UFPB cerca de 13% de mulheres estudam nas áreas citadas contra 87% de homens, evidenciando a baixa presença feminina.

Visando diminuir essa disparidade, as professoras Josilene Aires e Giorgia Mattos, do CI, estão ministrando aulas de iniciação à robótica para alunas de algumas escolas públicas de João Pessoa. Com o apoio de estudantes de graduação em Engenharia da Computação e Ciência da Computação, as professoras incentivam as alunas do ensino médio a darem os primeiros passos no conhecimento da robótica, através do uso de equipamentos doados pelo Ministério da Educação para as escolas.

Pamim

Outra experiência de interatividade que os visitantes terão ao conhecer o estande do Centro de Informática será através de um site colaborativo, criado pelo projeto Patrimônio Memória e Interatividade (Pamim), que busca dar visibilidade a experiências de diversas comunidades da grande João Pessoa.  O Pamin, coordenado pela professora de antropologia Luciana Chianca, está conectado às experiências de comunidades com o desenvolvimento e preservação de patrimônios culturais locais pouco conhecidos.  Por meio desse site, o projeto realiza a educação patrimonial associada à inclusão digital, beneficiando faixas da população socialmente desfavorecidas. 

Um aplicativo que otimiza a distribuição de viaturas policiais em grandes centros urbanos é outra inovação que será apresentada no estande do CI.  A ferramenta é chamada “Localização de viaturas policiais” e foi criada para atender uma demanda crescente, principalmente em grandes cidades, pelo atendimento policial em situações de emergência.  Desenvolvida pela pesquisadora Valtânia Ferreira, sob orientação do professor Lucidio Cabral, permitirá um posicionamento estratégico das viaturas de modo que o efetivo policial atenda às demandas da comunidade em menor tempo possível.