Concerto da OSUFPB desta semana privilegia obras de Mozart

ImprimirImprimir

A Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (OSUFPB) realiza nesta sexta-feira, (29), às 20h, o seu segundo concerto da “Série Philipeia”, que tem foco na obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. O evento acontece na Sala Radegundis Feitosa, no Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), no campus I da UFPB, com entrada franqueada ao público de todas as idades.

 

Separada em séries temáticas, a temporada de 2018 da OSUFPB busca trabalhar seu repertório por um viés pedagógico, exaltando em suas apresentações características de obras de compositores importantes para a história da música universal, oferecendo ao público uma forma de dar um mergulho maior nas músicas, que sempre estão contextualizadas no momento histórico em que foram criadas. Assim, é possível compreender os movimentos que ativaram a inquietação criativa de cada compositor através dos cenários que o envolviam e que ativavam a combustão de sua criação.

 

Esse concerto é o segundo da Série Philipeia, que, além de exaltar a obra de Mozart, também apresenta obras dos compositores brasileiros José Maurício Nunes Garcia e Ricardo Tacuchian, sob a condução do maestro Thiago Santos, regente titular da OSUFPB.

 

Apesar do aparente contraste, a combinação entre Mozart e os cariocas José Maurício Nunes Garcia e Ricardo Tacuchian revela suas congruências. José Maurício foi o padre mulato que, em meio à sociedade escravista em que vivia no Rio de Janeiro nos tempos de D. João VI, fez-se o maior compositor brasileiro do período. Sua música, bastante influenciada pelos cânones europeus em voga à época, aproxima-se do classicismo Mozartiano e Haydniano.

 

Já o compositor Ricardo Tacuchian, ex-discípulo do célebre compositor paraibano José Siqueira, usa as formas clássicas numa abordagem contemporânea em seu Concertino para Piano. A obra estreada em 1977, pela Orquestra de Câmara do Brasil - dirigida por seu mestre Siqueira -, terá sua primeira audição na Paraíba nesse concerto, tendo, como solista, a pianista Miriam Grosman.

 

 

A solista

Miriam Grosman é doutora em Artes Musicais  pela Catholic University of America (Washington, DC, EUA) e mestre em Música pela UFRJ. Como professora titular da Escola de Música da UFRJ, integra seu quadro docente como professora de piano e orientadora acadêmica. Ministra cursos de extensão e seminários voltados para aspectos didáticos e interpretativos, além de masterclasses a convite de instituições musicais.

 

Paralelamente à docência, desenvolve atividade artística relevante como solista e camerista, tendo se apresentado em várias salas de concerto no Brasil, Portugal, Espanha, Áustria, Estados Unidos e Itália. O repertório apresentado no exterior contempla especialmente a música brasileira para piano, no qual as obras do compositor Ricardo Tacuchian têm sido incluídas de forma significativa. Integra o Trio Francisco Mignone, com o violoncelista Ricardo Santoro e o flautista Afonso de Oliveira, desde 2002. Exerceu a chefia do Departamento de Teclado e Percussão por cinco anos e foi diretora-adjunta dos cursos de extensão da Escola de Música da UFRJ por oito anos.

 

 

O Regente

O carioca Thiago Santos foi o primeiro latino-americano contemplado com a bolsa de estudos Leverhulme Arts Scholar para o renomado programa de regência orquestral do Royal Northern College of Music, na Inglaterra. Atuou como regente-assistente das orquestras BBC Philharmonic e da Royal Liverpool Philharmonic.

 

No Brasil, dirigiu a Filarmônica de Minas Gerais, a Sinfônica de Porto Alegre, a Sinfônica de São José dos Campos e a Sinfônica da UFRJ, entre outras. Na Inglaterra, também trabalhou com a Stockport Symphony, a Nottingham Philharmonic e a Manchester Camerata. Ainda na Europa, regeu a Buhoslav Martinu Philhamonie (República Tcheca) e U Artist Festival Orchestra (Ucrânia).

 

Cursou bacharelado e mestrado em regência na UFRJ, com André Cardoso. Atualmente é o maestro titular da OSUFPB.

 

 

A OSUFPB

A OSUFPB, vinculada ao CCTA/UFPB, é ligada aos Departamentos de Música e de Educação Musical da instituição. A orquestra tem finalidades pedagógicas, que envolvem professores e alunos da universidade, além de contribuir para a formação de plateia para o público pessoense.

 

Atualmente conta com 21 músicos fixos – todos de cordas - e com a participação eventual de professores e alunos dos cursos de música da UFPB, além de colaboradores voluntários da cena sinfônica paraibana.

 

 

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com Assessoria
Compartilhar: