Concerto da OSUFPB desta sexta-feira interpreta músicas da I Guerra Mundial

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“As Sequelas da Guerra”. Este é o título do último concerto da Série Augusto dos Anjos que a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (OSUFPB) apresenta nesta sexta-feira (5), às 20h, na Sala Radegundis Feitosa, localizada no Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), no Campus de João Pessoa.

 

O concerto será regido pelo maestro Thiago Santos com solo do oboísta Ravi Shankar. Uma das músicas executadas será Obscuridade (in)visível, do compositor paraibano Marcílio Onofre, escrita e inspirada na gravura do alemão Otto que mostra os “aleijados da guerra”. Em seguida, a OSUFPB interpreta o Concerto para o Oboé e cordas, de Ralph Vaughan Williams (1872-1958), compositor inglês que perdeu a audição após meses de serviço na Artilharia Real Britânica em 1918.

 

Encerrando o concerto, será tocada Noite Transfigurada, importante obra da juventude de Arnold Schoenberg (1875-1951), originalmente composta para sexteto de cordas (1899) que, em 1917, pouco tempo depois do compositor ter sido dispensado do serviço no exército Austro-Húngaro, foi totalmente reescrita para orquestra de cordas.

 

A Coordenadora da OSUFPB, professora Iris Vieira, informou que o ano de 2018 marca o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial e isto moldou a Série Augusto dos Anjos da OSUFPB. Apesar de sombrio e traumático, o período entre 1914 e 1918 viu surgir muitas obras tanto de compositores que efetivamente estiveram nos campos de batalha como de outros que, sem se envolveram diretamente no combate, tiveram suas vidas afetadas pela guerra.

 

Segundo Iris Vieira, nesta temporada da Orquestra foram programados quatro concertos com esta temática, sendo o desta sexta-feira (5) o último concerto da Série. Ela explicou que cada concerto apresentou obras de compositores de algumas das principais nações que se enfrentaram (Inglaterra, Rússia, França, Áustria e Alemanha). Paralelamente, dentro da Série Augusto dos Anjos, a OSUFPB apresentou o ciclo Traços da Guerra, em que quatro compositores da UFPB escreveram obras com leituras contemporâneas de pinturas e poemas de artistas que também combateram na Primeira Guerra.

 

“O conceito de Traços faz referência primeiro aos aspectos emocionais que são evidenciados em cada um dos programas como características da Guerra. Além disso, os traços nos remetem ao elemento gráfico: a escrita do compositor e do poeta, o desenho do pintor. Cada um desses artistas retratando, a seu modo e em seu tempo, suas versões da Guerra”, finalizou Iris Vieira.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Paulo César Cabral
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