Decom da UFPB tem primeiro professor de carreira titular

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) deu início, em agosto de 2014, ao processo de efetivação de novos professores titulares nas diversas áreas acadêmicas, em cumprimento à resolução nº 33/2014, que regulamenta a avaliação para fins de promoção à classe “E” (Professor Titular) do magistério superior. Neste cenário, o multimídia Pedro Nunes Filho é o primeiro professor de carreira do Departamento de Comunicação da UFPB habilitado à titularidade por progressão funcional, cujo memorial acadêmico será submetido à banca de arguição nesta quarta-feira (1º), a partir das 9h, na Sala de Reuniões do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA). Às 20h, no Cine Aruanda, ele fará o pré-lançamento do vídeo “Escolas Plurais: Inclusão, Gênero e Sexualidade”. A entrada é gratuita.

 

Natural de Pirapozinho, cidade do interior paulista, Pedro Nunes Filho está radicado na Paraíba desde meados de 1970, quando chegou a Catolé do Rocha terra natal dos seus pais. Com pós-doutorado em Comunicação pela Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha), ele é professor de Jornalismo Temático, disciplina do Mestrado em Jornalismo Profissional, do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPJ) da UFPB, além de editor da Revista Âncora (Revista Latino-Americana de Jornalismo), publicação semestral do PPJ.

 

Na opinião do professor Wellington Pereira, também do Departamento de Comunicação da UFPB, mais que promoção funcional, o professor titular representa a aura e o vestígio dos percursos didático-pedagógicos em uma instituição de ensino. “A aura, porque nos aproxima das estratégias intersticiais da criatividade nos níveis de produção do conhecimento que vão desde a graduação ao doutorado. O vestígio, porque, acertadamente, esta nova categoria deixará marca para as futuras gerações de professores e pesquisadores”, destacou.

 

De acordo com o presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), Francisco das Chagas Alves, desde que a resolução 33/2014 entrou em vigor, 160 professores da UFPB pleiteiam a progressão funcional como Professor Titular. “Desse total, 82 foram promovidos. De fato, o professor Pedro Nunes Filho é o primeiro, da área de Jornalismo, a reunir os requisitos exigidos para a progressão funcional como professor de carreira”, explicou. Chagas acrescentou que a outra possibilidade de enquadramento no magistério superior só através de concurso público, como professor livre.

 

Pedro Nunes Filho, que concluiu Doutorado em Semiótica na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, reafirmou o seu propósito de contribuir para a continuidade dos trabalhos em desenvolvimento na UFPB, dando sequência a projetos em andamento. Ele citou, como exemplo, a sexta edição da Mostra de Filmes Temáticos (Matizes da Sexualidade), o Colóquio Nacional do Audiovisual, o Simpósio Nacional de Jornalismo e, sobretudo, o impulsionamento da Revista Âncora.

 

Antenado com as necessidades no âmbito acadêmico, o professor Pedro Nunes afirma que, públicas ou privadas, as universidades detêm um poder revolucionário com a possibilidade de transformar o conhecimento e de atuar de forma independente. “Claro, (as universidades) necessitam ser reinventadas cotidianamente ou perderão o seu brilho em relação à edificação do saber”, ressalvou.

 

Memorial acadêmico

 

A condição de Professor Titular é uma distinção que representa o reconhecimento da academia à trajetória docente por suas ações e contribuições institucionais. Segundo Pedro Nunes Filho, o seu memorial é constituído, em sua primeira parte, pelo Relatório de Desempenho Acadêmico e, no segundo momento, é organizado pela produção do Memorial Descritivo Circunstanciado. Este último procura evidenciar os trajetos não lineares efetuados nas instituições onde o professor trabalhou, ou seja, na Universidade Federal da Paraíba e na Universidade Federal de Alagoas, bem como na Universidade Autônoma de Barcelona, na condição de professor-pesquisador convidado.

 

Pedro Nunes, que já exerceu a chefia do Departamento de Comunicação da UFPB, explicou que o Memorial Descritivo Circunstanciado (Memorial Acadêmico) cumpre os requisitos constantes na resolução nº 33/2014 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPB, que regulamenta o processo de Progressão Vertical Funcional da Classe D de Professor Associado IV para a Classe E de Professor Titular. “Trata-se de um trabalho que tece fios narrativos, os quais articulam fragmentos das principais ações acadêmicas de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão Administrativa desenvolvidas ao longo de trinta e cinco anos de dedicação intensa, principalmente junto a duas universidades: Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal da Paraíba”, observou. 

 

Além do memorial acadêmico, a banca examinadora irá avaliar as atividades realizadas pelo professor na classe de Associado IV, ou seja, toda a produção acadêmica do postulante nos últimos dois anos. Vale ressaltar que a banca de arguição é composta por quatro membros (professores titulares), sendo três membros de instituições de ensino superior externas e apenas um membro da própria Universidade Federal da Paraíba.

 

Banca Examinadora

 

Prof. Dr. Paulo Vieira

Presidente | Professor Titular - UFPB

 

Profª Dra. Bernadette Lyra

Externo | Professora Titular – Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Universidade Anhembi Morumbi

 

Prof. Angelo Brás Callou

Externo | Professor Titular – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

 

Profª Dra. Mônica Maria Montenegro de Oliveira

Externo | Professora Titular – UFES

 

Prof. Dr. Guido Lemos

Suplente Interno | Professor Titular – UFPB

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Costa Filho
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