Encontro de Química da UFPB tem resultados positivos

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O 5º Encontro de Química da UFPB, com o tema “Formação dos Profissionais de Química: Novos Desafios para Novos Tempos”, teve um balanço bastante positivo. Ao todo, o evento teve 15 convidados e mais de 60 trabalhos de estudantes apresentados. Além disso, promoveu sete palestras, cinco miniconferências e seis minicursos.

 

O evento ocorreu de 25 a 28 de setembro, no auditório Milton Paiva, localizado no prédio da reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus I, em João Pessoa.

 

A palestra de encerramento (foto), intitulada “Crítica ao Método Científico”, foi ministrada pelo professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Marcos Antonio Pinto, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq - Nível 1. Mais de 80 ouvintes estiveram presentes.

 

O pesquisador iniciou a apresentação fazendo uma distinção entre opinião e crítica. “Vivemos uma época em que todo mundo tem opinião sobre tudo. Opinião está relacionada à emoção, aos valores de uma época. A crítica tem como fundamento o conhecimento produzido até então”.

 

Em seguida, o docente apresentou linha do tempo sobre a evolução do método científico. "Não há verdade absoluta. O observador sempre influencia no experimento por causa dos seus preconceitos. Precisamos ir além do método para responder a perguntas como por quê", desafiou Marcos Antonio.

 

O docente lembrou ainda a influência do modo de produção capitalista na ciência. "Estamos formando especialistas para executar tarefas, ou seja, técnicos. Não há interesse do mercado em uma formação filosófica. Há predileção do negócio, em detrimento ao ócio", criticou.

 

Por fim, o acadêmico expôs as consequências dessa formação pouco humanística. “É dominante a visão cartesiana do conhecimento. Nossos pesquisadores trabalham isolados nas suas áreas de conhecimento. Eles dialogam pouco. Geralmente um grupo de pesquisa é formado por, no máximo, dois pesquisadores”, destacou.

Fonte: 
ACS | Pedro Paz
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