Espetáculo sobre Anayde Beiriz é apresentado em Portugal

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O Suspensório Produções Artísticas, em comemoração aos 30 anos do grupo, inicia turnê pela Europa apresentando o espetáculo “Anayde Beiriz – história a ser contada”, nesta sexta-feira (26),  no Museu Municipal de Espinho em Portugal.

 

O solo cênico é de Georgina Furtado que interpreta sete personagens. A direção é de Carlos Cartaxo e o texto é de José Flávio Silva.

 

O espetáculo tem patrocínio da do Fundo Municipal de Cultural e da FUNJOPE – Fundação de Cultura de João Pessoa e apoio da ADUFPB e do Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba (CCTA/UFPB).

 

 

Anayde Beiriz – história a ser contada

 

É um solo cênico com Georgina Furtado, montagem teatral do Suspensório Produções Artísticas em comemoração dos trinta anos do grupo. O texto é de José Flávio Silva e tem direção de Carlos Cartaxo.

 

A dramaturgia do filósofo e escritor José Flávio Silva é baseada no livro "Anayde Beiriz - Panthera dos olhos dormentes" do médico e escritor Marcus Aranha. Esse texto teatral fala de uma Anayde professora, intelectual, leitora, apaixonada e moderna, o que a fazia uma mulher a frente do seu tempo.

 

A peça, assim como o livro, aborda a troca de correspondência entre Anayde e o homem que foi verdadeiramente seu grande amor: o estudante de medicina Heriberto Paiva. O livro teve como fonte de pesquisa o próprio diário de Anayde, intitulado "Cartas do meu grande amor - Dolorosas reminiscências do sonho desfeito da minha mocidade", ao qual Marcus Aranha teve acesso e se inspirou para escrever o livro. Anayde foi o pivô (um instrumento usado) na Revolução de 30 no Brasil. O filme “Parahyba mulher macho” da cineasta Tizuka Yamazaki mostrou uma Anayde vulgar que não corresponde a mulher que é tratada na montagem do Suspensório.

 

Segundo o diretor, a Anayde que a peça aborda, não é aquela que esteve no meio do conflito político entre João Dantas e João Pessoa. Muito menos aquela que Tizuka Yamazaki trata, equivocadamente, no filme “Parahyba mulher macho”, como amante de João Dantas. Mas, a mulher à frente de seu tempo na década de 20 do século passado, escritora e leitora ávida, intelectual que frequentava saraus poéticos e foi apaixonada pelo estudante de medicina Heriberto Paiva. Heriberto estudava no Rio de Janeiro e ela morava em Parahyba do Norte. A distância fazia do namoro uma troca de cartas de amor, declarações e projetos de construção familiar. Todavia, a intelectualidade que fazia par à sensibilidade de Anayde, provocou o rompimento na relação amorosa do casal. 

 

A montagem, que tem duração de 50 minutos, também resgata a criação literária de Anayde Beiriz que foi renegada, vítima do conflito político entre João Dantas e João Pessoa, e do moralismo da época que a condenou desrespeitosamente, imputando inverdades sobre a mulher que revolucionou os costumes de Parahyba e, consequentemente, foi considerada à frente de seu tempo.

 

Mais informações: http://carloscartaxo.wordpress.com.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com Assessoria
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