A Conferência da Terra, fórum internacional do meio ambiente com origem em João Pessoa (PB), completa dez anos em 2018 com perfil itinerante. Depois de passar por outras cinco cidades da América Latina, a 7ª edição do evento técnico-científico discutirá produção, consumo e poluição a partir desta terça-feira (06) e seguirá com atividades até sábado (10), no campus-sede da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Segundo Marçal de Queiroz Paulo, coordenador do fórum e professor do Departamento de Química da UFPB, cerca de 800 participantes confirmaram inscrição. De acordo com a programação, serão apresentados mais de 600 trabalhos sobre controle da produção agrícola e industrial, disciplinamento do consumo de bens e artigos poluentes e redução da degradação dos solos, das águas e dos ares.

Em um contexto de possibilidade de extinção do Ministério do Meio Ambiente no país, os debates da conferência, inevitavelmente, ganham mais relevância. “Certamente discutiremos essa medida insensata. É uma ficção, não é possível que ocorra. Sobretudo depois de tantas lutas e de o mundo estar cada vez mais atento às questões ambientais. Temos a maior biodiversidade do planeta. Não podemos tirar isso de pauta.”, lamenta o pesquisador.

O evento segue o preceito da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, realizada em dezembro de 2017, em Nairob, Quênia, que deliberou pelo fim da poluição no planeta. Conforme a ONU, a poluição do ar compromete a saúde de 1,49 bilhão de pessoas, 480 mil quilômetros das costas litorâneas estão contaminadas e as perdas no bem estar humano somam mais de 4,6 trilhões de dólares ao ano.