Fórum reúne em João Pessoa especialistas nacionais e internacionais

ImprimirImprimir

A Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) promoverão no período de 4 a 6 de junho o “2º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental”. O evento acontecerá no Campus I da UFPB e contará com a participação de convidados nacionais e internacionais que apresentam contribuição teórica e política no campo dos direitos humanos e da atenção psicossocial.

 

O Fórum terá como tema o “Direito às Diversidades: Cidades, Territórios e Cidadania” com o objetivo de problematizar as violações de Direitos Humanos das diferentes formas de viver nas cidades.

 

“As várias situações de violações de direitos e as suas implicações na saúde mental serão debatidas durante o encontro. Na pauta de discussão, oito eixos vão ser destacados: Interação entre Estado e Sociedade: Protagonismo e práticas em cidadania ativa; Direito às diversidades e o desafio do diálogo democrático; Direitos Humanos, cidades e territórios; Justiça e Segurança; Cultura, saúde mental e direitos humanos; Medicalização da vida e da miséria; Direitos Humanos, trabalho e saúde mental; e Direitos Humanos, saúde e atenção psicossocial”, ressaltou a coordenadora do evento na Paraíba, professora Anna Luiza Castro Gomes, do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública e Psiquiátrica da UFPB.

 

Para o presidente da Abrasme, o médico psiquiatra Paulo Amarante, o “2º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental” vai dar ênfase, em primeiro lugar, a questão dos direitos humanos passando pela diversidade cultural, da cidadania e da possibilidade de que as diversas formas de estar no mundo sejam reconhecidas, consideradas, respeitadas e ouvidas pela sociedade como um todo.

 

“O grande objetivo desse Fórum é lidar com a questão dos direitos humanos passando nas suas diversas formas de inserção na sociedade, constituindo para ela legitimidade, direitos e cidadania. Diminuindo a possibilidade que o estar nesses grupos diversos signifiquem sofrimento, exclusão e constrangimento”, declarou Paulo Amarante, hoje um dos expoentes brasileiros na defesa de uma sociedade sem manicômios, sem violência e sem exclusão.

 

Na opinião do psiquiatra, as questões étnicas, da sexualidade, do gênero e das culturas diversas têm sido alvo de constantes ataques, o que estaria causando um mal estar na sociedade. “Pessoas vêm sendo oprimidas por serem negras, indígenas, LGBT, etc. e isso acarreta o sofrimento psíquico”, afirmou

 

O “2º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental” vai acontecer no Campus I, da UFPB, nos auditórios do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e Reitoria. A abertura será no dia 4 de junho, às 18h, no Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural.

 

O evento contará com a apresentação de trabalhos, mesas-redondas, debates, atividades artístico-culturais dos usuários dos serviços de saúde mental e dos movimentos sociais de cultura do Estado da Paraíba e de todo o Brasil. Vai acontecer uma Feira de Economia Solidária, numa parceria da Incubes (Incubadora de Empreendimentos Solidários da UFPB), Prefeitura de João Pessoa, Fórum Estadual de Economia Solidária e Governo do Estado.

 

Dentre os especialistas nacionais e internacionais que já confirmaram presença no “2º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental” estão Ernesto Venturini, um dos fundadores do Movimento Psiquiatria Democrática da Itália, que inspirou a luta antimanicomial no Brasil; o jornalista Robert Whitaker, autor do livro Anatomia de uma Epidemia e ganhador do Prêmio Investigative Reporters and Editors; Olga Runciman, educadora internacional e cofundadora do Movimento Escutando Vozes da Dinamarca; Rogério Sotili, secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo; Rildo Marques, presidente do Movimento Nacional de Direitos Humanos/SP; e Lúcio Costa, diretor da Divisão de Saúde Mental e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

 

Mais informações na página: http://direitoshumanos2015.abrasme.org.br/.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com assessoria
Compartilhar: