Grupo de pesquisa sobre autismo seleciona pesquisadores nesta quarta, 14

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O grupo de pesquisa TEAprendizagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que investiga o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), condição neurológica que acomete os processos de comunicação e de interação social de um indivíduo, selecionará cerca de dez novos pesquisadores nesta quarta-feira, 14 de março, a partir das 14h, na sala do Núcleo de Estudos em Saúde Mental, Educação e Psicometria (NESMEP), no primeiro andar do bloco de Psicopedagogia do Centro de Educação (CE), no campus João Pessoa.

 

Estudantes e profissionais das áreas de Psicopedagogia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Pedagogia, Medicina, Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem, Educação Física, Serviço Social e Direito, interessados no estudo do tema, devem solicitar ficha de inscrição através do correio eletrônico simposioteaprendizagem@gmail.com. A seleção constará de prova escrita acerca dos critérios para diagnóstico do TEA, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. O processo inclui, ainda, entrevista com membros da coordenação do grupo de pesquisa e análise do currículo Lattes.

 

Conduzido pelas pesquisadoras Mônica Dias Palitot, Thereza Sophia Jácome Pires e Isabella Oliveira de Andrade Virgínio, o TEAprendizagem está em atividade desde abril do ano passado, com produção de artigos, de palestras e de eventos. “Neste primeiro momento, trabalhamos a base teórica. Agora, daremos início aos atendimentos, provisoriamente, na sede de uma ONG parceira, enquanto levantamos recursos para instituir um espaço equipado para acolher pessoas com TEA, no âmbito da UFPB”, conta Mônica Dias Palitot.

 

Para a professora, compreender o que é e identificar as características do TEA tornaram-se imprescindíveis porque é crescente o número de indivíduos que apresentam essa condição. “O insatisfatório acolhimento, principalmente nas unidades de saúde e de educação de João Pessoa e da Paraíba, reflete a situação do País. Os profissionais geralmente desconhecem o TEA e suas particularidades. Portanto, não têm subsídios para realizar o diagnóstico, que deve ser o mais precoce possível, com o intuito de possibilitar ações interventivas e terapêuticas”, alerta a pesquisadora.

 

Não existe exame médico para detectar o TEA, segundo a docente. “O diagnóstico se dá através da observação. Se a criança não chora, não olha nos olhos dos pais ou não responde a um aceno, é provável que apresente TEA”. Conforme Mônica Dias, há mais ou menos dois milhões de pessoas com TEA no Brasil e, em cada grupo de cinco indivíduos com TEA, quatro são do sexo masculino. Uma pesquisa norte-americana afirma que um em cada 68 nascimentos no mundo é de pessoa com TEA, outro estudo garante que seria um em cada 48”.

 

No final do ano passado, o TEAprendizagem promoveu o I Simpósio TEAprendizagem – rompendo barreiras, na UFPB. Na semana passada, Mônica Dias representou o grupo em mesa redonda sobre políticas públicas de inclusão, durante o II Seminário Transdisciplinar de Autismo, em Campina Grande, a 112 km da capital paraibana. Em julho, proferirá palestra no XI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e no V Simpósio Internacional de Psicopedagogos, que ocorrerão simultaneamente, na cidade de São Paulo.

 

 

Fonte: 
ACS | Pedro Paz
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