Lavid/CI participa da criação do Instituto Ginga

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O Núcleo Lavid do Centro de Informática (CI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está participando dos debates e de todas as ações em prol da criação do Instituto Ginga, que deverá ser inaugurado ainda neste semestre e que vai congregar laboratórios e centros de pesquisa comprometidos com a sustentabilidade e expansão da tecnologia Ginga, o software que permite a interatividade na TV digital brasileira. 

 

A iniciativa é também uma homenagem ao professor Luiz Fernando Soares, considerado o “pai do Ginga”, que faleceu no ano passado e fundou o Laboratório Telemídia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

 

A equipe do Lavid teve participação ativa em todas as etapas de desenvolvimento do middleware da TV brasileira, na concepção, desenvolvimento e implementação, em parceria com o Laboratório Telemídia.

 

Segundo informou Sérgio Colcher, professor da PUC-RJ, atual coordenador do Telemídia e um dos articuladores da criação do Instituto, um grupo já está trabalhando informalmente para a concretização dessa ideia, discutindo o estatuto, a formação de um conselho de gestão e convidando laboratórios e pesquisadores de todo o país que desenvolvem estudos relacionados a essa tecnologia.

 

Dentre os apoiadores de primeira hora estão o professor Guido Lemos, diretor do Centro de Informática(CI) da UFPB, fundador do Lavid e que divide com Luiz Fernando Soares o pioneirismo no processo de criação da tecnologia Ginga.  O middleware virou padrão mundial para IPTV na UIT- União Internacional de Telecomunicações e já é adotado em 17 países.

 

Ele ressaltou que no lançamento oficial do Instituto, que ainda não tem sede definida, vários laboratórios deverão estar associados. A própria UIT terá seu representante no Brasil integrando o Instituto. Trata-se de Marcelo Moreno, relator do grupo mundial de padronização de IPTV e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).

 

Além de Marcelo Moreno, também estão colaborando de forma decisiva para a criação do Instituto Ginga os professores Débora Muchaluat, da Universidade Federal Fluminense (UFF); Carlos de Salles, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e Mauro Oliveira, do Instituto Federal do Ceará (IFCE).

 

Em recente entrevista ao portal Convergência Digital, Sérgio Colcher revelou que é muito oportuno o movimento em torno da fundação do Instituto visto que há uma intenção em alguns segmentos visando reduzir a presença do Ginga nos conversores que serão distribuídos às classes D e E, por conta da migração do sinal analógico para o digital.  "Não podemos deixar o Zapper ser o conversor para essa camada da população. O Ginga não é caro. Quem diz que ele encarece o custo do conversor está faltando com a verdade. O Ginga é desenvolvido em plataforma de software livre e tem vários perfis distintos", afirmou o professor para o portal.

 

Na mesma entrevista ele observou que o Ginga pode ser embutido e usado para a oferta de serviços cobrados para quem pode pagar. "É software livre. Todo mundo pode desenvolver com o Ginga. Foi, aliás, esse diferencial que fez a UIT reconhecer a tecnologia como padrão mundial para o IPTV", reforçou. 

 

Uma das ações políticas que já está em curso e permanecerá na ordem do dia para o Instituto é garantir voz ativa nas decisões do GIRED, grupo de implementação da TV digital, visando assegurar a presença do Ginga nos conversores que estão sendo distribuídos, paulatinamente, a aproximadamente 14 milhões de beneficiários do Programa Bolsa Família, no programa nacional de digitalização do sinal de TV, que começou pela cidade de Rio Verde – GO e Distrito Federal.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações do Centro de Informática
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