Movimento Eles por Elas realiza atividade na UFPB

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“A UFPB diz não à violência contra as mulheres”. Com esta afirmação da reitora em exercício, Bernardina Freire, teve início a I Caminhada Eles por Elas na manhã de 28 de setembro, que percorreu o campus I convidando a comunidade à reflexão sobre o tema. Contando com a presença de alunos e servidores docentes e técnico-administrativos, a caminhada integra um conjunto de ações para que a universidade possa ser signatária do movimento Eles Por Elas (HeForShe), criado pela ONU Mulheres, em 2014.

 

“A gestão superior entende que esse é um movimento necessário porque não admitimos a violência. Inclusive, sofremos violência, cotidianamente, por sermos gestoras mulheres”, afirmou Bernardina Freire. Ela também lembrou que a UFPB já é parceira da ONU Mulheres no Programa Um Grito Por Elas. “A caminhada de hoje foi uma tentativa de mobilizar os homens dessa universidade, que acreditamos serem sensíveis à causa”, finalizou.

 

Uma das organizadoras da ação na universidade, professora Eulina Carvalho, explicou que, para ser uma das quatro universidades parceiras do movimento no Brasil, a UFPB precisa elaborar um diagnóstico em relação à sua produção científica por gênero, além do número de mulheres e homens que estão na instituição. Em 25 de novembro, a instituição vai receber uma representante da ONU Mulheres para formalizar a adesão.

 

“A campanha precisa ser protagonizada e puxada por homens. São pequenos gestos que mudam a realidade, como assinar a campanha na internet, por exemplo”, afirmou a professora. Para ela, ainda falta engajamento dos homens, que muitas vezes não atentam para a realidade de violência em que as mulheres vivem.

 

Para o professor Ricardo Moreira, que também está na organização da ação, o Movimento Eles por Elas tem a finalidade de atingir homens que, por causa do machismo, não ouviriam as mulheres. “A campanha preenche essa lacuna, que é um movimento de homens que dizem não à violência contra a mulher”, defendeu.

 

Relato

A aluna Yasmim Formiga, do 5º período de Artes Visuais, fez um relato sobre a violência de gênero que sofreu no início do ano. “No Brasil temos muito enraizada a cultura misógina. A melhor maneira de combater isso são os homens se conscientizando”, declarou. Yasmim acredita que a ação ocorrida é importante, mas que outras iniciativas são necessárias na universidade. “É preciso encorajar as mulheres a fazerem a denúncia, pois muitas têm medo de seus agressores”, afirmou.

Fonte: 
ACS | Lis Lemos
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