Palestra discutiu barreiras para alunos com deficiência na UFPB

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A UFPB possui em seu corpo discente 443 pessoas com deficiência. Com o início do novo semestre letivo, previsto para julho nos campi I e IV e para agosto nos campi II e III, serão mais 115 alunos com diversas deficiências a ingressar na instituição, segundo dados do Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA). Pela primeira vez, a universidade receberá também três estudantes com as síndromes de Asperger e de Autismo, classificadas como transtornos globais do desenvolvimento.

 

O curso de Direito vai acolher um aluno com Asperger. Para isso, o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) organizou, junto ao CIA, a palestra “Inclusão das Pessoas com Deficiência na Universidade: para além da legalidade”. O evento aconteceu na manhã de 17 de maio, na Sala de Multimídia do CCJ. O objetivo foi conversar com discentes e servidores docentes e técnico-administrativos sobre as especificidades da relação com esse estudante. “As barreiras atitudinais podem comprometer a permanência dos alunos com deficiências e cada pessoa pode ter um papel ativo na inserção deles”, defendeu a coordenadora do CIA, Andreza Polia.

 

Essa é também a visão da professora do curso de Direito, Raquel Moraes, uma das idealizadoras dessa primeira interação com a comunidade acadêmica. “A verdadeira inserção não é a entrada na universidade, mas a convivência e o respeito a esse aluno”, ressaltou. A professora anunciou que outros momentos de discussão estão sendo pensados, envolvendo o corpo docente e a turma em que o aluno ingressará. O professor Robson Antão (CCJ) participa da iniciativa.

 

No evento, o CIA lançou a campanha “Inclusão: qual é o seu papel?”, que pretende provocar a comunidade UFPB para uma reflexão sobre as atitudes que cada pessoa pode tomar para apoiar os alunos com deficiência a permanecerem na instituição.
 

 

Cotidiano

 

O maestro e estudante de Fonoaudiologia Adriano Sampaio (foto) relatou sua experiência como pessoa com deficiência na universidade. O aluno sofreu uma isquemia em 2008, que acarretou problemas de fala e dificuldades de locomoção, e ele teve que se adaptar à nova realidade. “Quando ingressei na UFPB, fui acolhido pelo CIA e fiquei sabendo do Projeto Aluno Apoiador. Hoje, me sinto acolhido por minha turma. Mas, num olhar geral, falta conscientização”, avalia Adriano.

 

O Projeto Aluno Apoiador é vinculado ao Programa de Apoio ao Estudante com Deficiência na UFPB, coordenado pelo CIA. O objetivo é oferecer acessibilidade pedagógica e de locomoção a esses alunos da instituição.

Fonte: 
ACS | Lis Lemos
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