A quantidade de pedidos de patente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) depositados junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) cresceu mais de 400% de 2014 a 2017, ao saltar de 14 para 58, de acordo com relatório da Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova). O documento foi apresentado pelo diretor da agência, Petrônio Filgueiras de Athayde Filho, no dia 18 de dezembro, em reunião no gabinete da reitora Margareth Diniz, no campus I, em João Pessoa.
Segundo o relatório, mais seis pedidos estavam prontos para serem depositados ainda em 2017, elevando o recorde anual da UFPB a 64 requerimentos. Uma das metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade para período 2014-2018 era o incremento de 20% ao ano no número de pedidos de patentes, objetivo alcançado com folga e com dois anos de antecedência em 2016, quando o total atingiu 40 solicitações.
Esse resultado coincide com a criação da Inova em 2013 e sua regulamentação em 2014. A agência é um órgão suplementar da UFPB que tem o objetivo de planejar, coordenar e controlar todas as atividades de inovação tecnológica da instituição.
Mesmo com orçamento 20% menor em 2017, girando em torno de R$ 50 mil, a Inova auxiliou no cumprimento de outra meta institucional prevista no PDI, a que visa interiorizar a ideia de propriedade industrial nos quatro campi da UFPB, tarefa essa fundamental para o crescimento dos pedidos de patente porque, além de disseminar conhecimento, funcionou como incentivo.
Foram realizadas, ao todo, 13 palestras sobre inovação tecnológica, propriedade intelectual, transferência tecnológica e cultura da inovação em vários centros da universidade e uma no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL).
O desfecho bem-sucedido dessas e de outras iniciativas da agência, em diversas frentes, pôde ser verificado no início de dezembro de 2017, durante cerimônia do Prêmio de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros. Foram agraciados cerca de 170 pesquisadores, entre docentes, técnico-administrativos e discentes envolvidos em 32 invenções e na criação de 18 programas de computador. A premiação foi instituída em 2015 e também consta como uma das estratégias do PDI da universidade, a de promover e consolidar prêmios de fomento.
Informações sobre o adequado depósito das patentes e dos pedidos de registro de programa de computador estão disponíveis no Manual do Inventor, publicado na página da Inova.
Avaliações externas positivas
Os avanços da UFPB na esfera da inovação tecnológica são relevantes e contribuem para a melhora do posicionamento da instituição em avaliações externas.
No Ranking Universitário Folha (RUF) de 2017, produzido pelo jornal Folha de S. Paulo, a universidade subiu quatro posições no indicador “inovação tecnológica”, na comparação com 2016, passando da 25ª para a 21ª colocação entre universidades públicas e particulares brasileiras.
A UFPB também foi destaque no ranking do INPI de 2016, classificada na 7ª posição entre as organizações Top 10 que mais depositaram pedidos de patentes no País. Na avaliação, a UFPB concorreu com empresas públicas e privadas nacionais, a exemplo da Petrobrás. Considerando somente as organizações da região Nordeste, é a 2ª colocada no ranking geral.