Professora do CI relata projeto de inclusão social em audiência no Senado

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A professora Josilene Aires, do Centro de Informática (CI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), relatou os avanços do projeto “Meninas na Computação” em audiência pública promovida nesta quinta-feira (6), no Senado Federal, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e pelo projeto Pauta Feminina, da Procuradoria da Mulher do Senado.  Josilene Aires e a professora Maria Eulina, do Nipam, o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e as Relações de Sexo e Gênero da UFPB, foram convidadas para a audiência pela senadora Vanessa Graziottin (PC do B - AM).

 

A audiência, intitulada  “Empoderamento das Meninas”, foi convocada com a finalidade de abordar as condições de vulnerabilidade às quais estão submetidas meninas adolescentes pobres e majoritariamente negras do Brasil. A reunião foi presidida pela senadora Regina Sousa (PT-PI) e teve como debatedoras representantes da ONU Mulheres,  Unicef, a PLAN Internacional e o Instituto Promundo.  

 

Encerrada a audiência, as professoras Josilene Aires e Maria Eulina foram recebidas pela senadora Vanessa Graziottin, em seu gabinete, ocasião em que falaram sobre a importância da educação no processo de empoderamento de meninas adolescentes.

 

Durante sua participação na audiência pública, Josilene Aires relatou as motivações que levaram à criação, há cerca de quatro anos, do projeto “Meninas na Computação”, que promove inclusão social e empodera  meninas adolescentes de escolas públicas de João Pessoa, possibilitando o acesso a informações sobre o universo das Ciências da Computação ainda no ensino médio.

 

Segundo Josilene Aires, os cursos da área de Computação da UFPB registram um baixo índice de matrículas de mulheres, fato que demandava uma intervenção da universidade, visando explicitar as razões dessa abstenção e buscar meios para promover a inserção de meninas em um universo tradicionalmente ocupado por homens.

 

Conforme observou, as mulheres representam apenas 13% dos alunos matriculados no bacharelado em Ciências da Computação (UFPB), enquanto na Engenharia da Computação (UFPB) esse índice é de 17%.  Com o projeto, a professora e equipe auxiliam as adolescentes a entenderem que podem entrar nesse mercado.  

 

De acordo com estatísticas oficiais, as mulheres no Brasil já estudam mais anos e tiram notas melhores que os homens na escola. “Nada justifica, portanto, que ocupem posições inferiores no mercado de trabalho e não cresçam na carreira”, disse Josilene Aires, em entrevista à Agência Senado. Veja no link.

http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/10/06/machismo-leva-o-brasil-ao-topo-do-ranking-dos-paises-com-mais-casamentos-de-adolescentes?utm_medium=share-button&utm_source=facebook

 

Dados divulgados pela organização PLAN Internacional revelam que adolescentes entre 13 e 18 anos estão mais vulneráveis ao assédio, abuso e exploração sexual. Em entrevista à Rádio Senado, a senadora Regina Sousa disse que o empoderamento feminino passa pela discussão sobre gênero na escola.

 

Mais informações no link: http://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2016/10/cdh-e-procuradoria-da-mulher-discutem-vulnerabilidades-das-meninas-pobres?utm_medium=share-button&utm_source=twitter

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações da Ascom do CI
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