Na manhã de 23 de novembro, durante o XXXIII Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (Enprop), realizado na UFPB, foi apresentado o Programa Institucional de Internacionalização (Print) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A apresentação foi feita em painel coordenado pelo pró-reitor de pesquisa da UFPB Isac Medeiros e teve como conferencistas o presidente da Capes, Abílio Baeta Neves, e a diretora de relações internacionais da entidade, Concepta Margaret McManus Pimentel. O Print é o mais recente programa da Capes e foi lançado em 3 de novembro.
Concepta McManus explicou os detalhes do programa, que começará a inscrever propostas a partir de abril de 2018. O Programa vai selecionar Projetos Institucionais de Internacionalização de Instituições de Ensino Superior ou de Institutos de Pesquisa que tenham, no mínimo, quatro programas de pós-graduação recomendados pela Capes, entre os quais deverá haver, ao menos, dois cursos de doutorado.
Serão financiáveis auxílios para missões de trabalho no exterior, recursos para manutenção de projetos e bolsas no País e no exterior. Os projetos aprovados serão implementados a partir de agosto do próximo ano.
A diretora destacou que “as instituições precisam assumir para si a internacionalização e ter projetos consistentes nessa área”. Segundo pesquisa apresentada pela professora, mais da metade dos programas de pós-graduação no Brasil tem pouca ou nenhuma internacionalização. Concepta argumentou que “a internacionalização é um meio e não um fim. As universidades devem usá-la para melhorar o ensino e a pesquisa que desenvolvem”.
O presidente da Capes, Abílio Baeta Neves, reafirmou, por sua vez, que esse é um programa para apoiar instituições e criar oportunidades e resultados, e que "a internacionalização é um requisito de qualificação para os programas de pós-graduação”.
Novos editais
(com informações da Capes)
Durante o painel, a diretora da Capes anunciou que novos editais devem ser divulgados, nos próximos dias, para os programas, no exterior, de doutorado-sanduíche (PDSE), doutorado pleno, pós-doutorado e professor visitante - júnior e sênior (PVE).
Ela alertou para alterações em programas, como no de doutorado-sanduíche, em que a bolsa passa a ter vigência mínima de seis meses e o bolsista deverá retornar ao País faltando, no mínimo, um semestre para o fim do curso. As universidades também terão que observar a qualidade da informação enviada à Capes, pois nenhum processo será refeito. Ou seja, aqueles que forem enviados inadequadamente serão devolvidos. Todas as bolsas no exterior da Capes passam, ainda, a exigir proficiência em língua estrangeira e será estimulado o uso de plataformas internacionais.
Concepta informou que a Diretoria de Relações Internacionais da entidade trabalha atualmente na avaliação dos programas em andamento, na definição de indicadores e na busca de parcerias internacionais para o Print.