Projeto faz inclusão de crianças cegas por meio do estímulo à leitura

ImprimirImprimir

O Grupo Contação da Rua realizou apresentação do Projeto Vitrolinha de Rua no Instituto dos Cegos de Campina Grande, na segunda-feira (10). O grupo apresentou para os alunos da instituição uma contação de histórias sensorial para as crianças cegas ou com baixa visão que lá estudam.

 

Este trabalho, que vem sendo desenvolvido há cinco meses pela Contação da Rua, tem como objetivo a inclusão das crianças cegas por meio do estímulo à leitura (contação de história narrada), resgate e preservação da infância (músicas, parlendas, trava-línguas, jogos e brincadeiras narradas), resgate cultural (músicas e obras literárias de artistas brasileiros).

 

O grupo Contação da Rua entregou a Adenize Queiroz, diretora do Instituto dos Cegos de Campina Grande, o material de áudio (20 programas de áudio). Este material ficará disponível para os alunos e professores do Instituto, no auxílio das práticas pedagógicas da instituição.

 

Para que o projeto não se torne uma ação isolada dentro da instituição o grupo fez também uma formação para os professores, para que eles possam ter autonomia para utilizar o material de áudio como um recurso pedagógico no auxílio das diversas disciplinas. O grupo realizou também uma contação de histórias sensorial para as crianças cegas ou com baixa visão que lá estudam.

 

O Grupo Contação da Rua apresentou a história autoral contada de "Chapeuzinho Felpudo", uma adaptação da história "Chapeuzinho Vermelho", escrita por Dany Danielle e Valeska Picado. Chapeuzinho Felpudo é uma menina cega que tem de ir até a casa da sua avó seguindo as coordenadas dadas pela sua mãe. No meio do caminho enfrenta muitas aventuras (sensoriais) até conseguir voltar para casa em segurança.

 

A história é musical e possui músicas autorais em sua montagem. Alguns dos elementos sensoriais utilizados foram:

1) cesta com doces (paladar - doces típicos nordestinos);

2) barulho de pássaros e do trem (audição - apitos artesanais);

3) lobo mau (audição e tato - secador de cabelo);

4) chapeuzinho felpudo (tato - tecido macio);

5) cheiro de lavanda do jardim da vovó (olfato - fragrância);

6) barulho do mar (audição - instrumento oceânico), dentre outros.

 

O Projeto Vitrolinha da Rua é uma realização do Grupo Contação da Rua com apoio da TV UFPB da Universidade Federal da Paraíba.

 

 

Fotos: Allison Isidro

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com Assessoria
Compartilhar: