A ganhadora do Prêmio Nobel de Química, a cientista israelense Ada Yonath, visitou na tarde desta quarta-feira (10), a Reitora Margareth Diniz. O encontro aconteceu no gabinete da professora Margareth e contou com as presenças de professores dos departamentos de Química e Biologia, do presidente do Instituto de Desenvolvimento da Paraíba (Idep), professor João Marcelo, a Diretora do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), Ierecê Lucena, além do presidente da Sociedade Brasileira de Genética, Fabrício Rodrigues dos Santos.

Aos 75 anos, Ada Yonath está em João Pessoa, pela primeira vez, participando do II Simpósio de Internacional de Biologia Evolutiva que acontece até esta sexta-feira (12) no auditório do Curso de Fonoaudiologia, no Centro de Ciências da Saúde da UFPB.

O evento é uma promoção do Departamento de Biologia Molecular da UFPB e da Sociedade Brasileira de Genética. A primeira edição do evento também realizado na capital paraibana ocorreu em 2012.

Nesta segunda edição, o Simpósio reuniu cerca de 150 convidados entre pesquisadores, cientistas e estudantes de diversas áreas.

Durante o encontro com a professora Margareth Diniz, Ada Yonath disse que estava muito feliz em poder ter espaço para discutir temas tão complexos e que intrigam a humanidade há séculos. Ela revelou ainda que sua maior alegria de poder participar desse simpósio é enxergar nos estudantes o interesse em estudar e desvendar mistérios como a origem da vida.

Segundo o idealizador do evento, professor Sávio Torres, a ideia é trazer para a Paraíba pesquisadores de grande porte para que eles conheçam as potencialidades dos trabalhos realizados pela universidade e proporcionar aos estudantes um contato mais direto com esses cientistas.

E é esse contato direto que trouxe pela segunda vez à UFPB o presidente da Sociedade Brasileira de Genética e professora da UFMG, Fabrício Rodrigues. De acordo com ele, é muito gratificante aprofundar discussões, como a evolução da emoção, a partir de diferentes pontos de vistas, “do mais simples ao mais complexo”.

Sobre Ada Yonath e o prêmio Nobel de Química

Ada Yonath, em conjunto com dois pesquisadores norte-americanos, foi premiada com o Nobel de Química em 2009 pelo estudo detalhado dos ribossomos, estruturas celulares que fabricam proteínas e que são fundamentais para a vida.  Essa pesquisa a levou a uma compreensão das ações de alguns dos antibióticos mais amplamente prescritos e os resultados podem não só ajudar no desenvolvimento de drogas antibacterianas mais eficientes, mas poderia dar aos cientistas novas armas na luta contra bactérias resistentes a antibióticos - um problema que tem sido chamado de um dos desafios médicas mais prementes do século XXI.