Serviço que trata de pacientes com malformação congênita completa 24 anos

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Ao longo destes anos de sua existência, o Serviço de Fissuras Labiopalatais do Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba (HULW/UFPB), em João Pessoas, tem atendido a uma média de cem pacientes por ano. Esse serviço foi criado em setembro de 1991. A informação é do coordenador do setor, médico Paulo Germano.

 

O serviço dispõe de uma equipe médica composta por cerca de treze profissionais, (incluindo Assistente Social, Enfermeiro, Fonoaudiólogo, Médico, Nutricionista, Odontólogo e Psicólogo) que utilizam a estrutura e outros serviços do Hospital Lauro Wanderley, no processo de tratamento dos pacientes. O tratamento completo demora em torno de 15 anos, desde a primeira consulta, à cirurgia e até a fase final.

 

Antes de o HU instalar este serviço, a cirurgia só era possível em Bauru, no interior de São Paulo, que ainda hoje é uma referência no mundo neste tipo de tratamento. Atualmente, esse tratamento também é possível em vários estados da região Sul e, no Nordeste, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte.

 

O número de pacientes atendidos com Fissuras Labiopalatais, no Hospital Lauro Wanderley, é considerado alto, segundo o médico Paulo Germano. Ele disse que os pacientes são de todas as regiões da Paraíba, com destaque para a região polarizada pela cidade de Patos.

 

O médico Paulo Germano explicou que “o primeiro procedimento a ser adotado imediatamente após verificar que a criança tem fissuras labiopalatais é cuidar para que o paciente seja amamentado. Via de regra, detalhou, as crianças com este problema praticamente não conseguem mamar, dada a deficiência de apoio para pegar o peito da mãe com a boca. Em seguida, encaminhá-la para um especialista”.

 

O que é

A fissura labiopalatina é uma abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, que ocorre entre a quarta e a oitava semana de gestação.

 

No mundo esta ocorrência é de uma a cada 1.000 crianças nascidas, e no Brasil, há referência de que a cada 650 crianças nascidas uma é portadora de fissura labiopalatina. As fissuras labiais e labiopalatinas são mais frequentes no sexo masculino e as fissuras somente de palato ocorrem mais no sexo feminino.

 

Causas

A etiologia das malformações faciais ainda é desconhecida, no entanto, existem evidências que fatores genéticos e ambientais atuam em associação na origem das fissuras labiopalatinas. Dentre os fatores ambientais mais citados destacam-se: doenças durante a gravidez, uso abusivo de drogas, uso de álcool ou cigarros, a realização de raios-x na região abdominal, idade dos pais, deficiência nutricional, medicamentos anticonvulsivantes ou corticoide durante o primeiro trimestre gestacional entre outras.

 

O Serviço de Fissuras Labiopalatais funciona no térreo do Hospital Universitário Lauro Wanderley, no Campus I, em João Pessoa.

 

Mais informações sobre o Serviço de Fissuras Labiopalatais pelo telefone (83) 3216-7585.

 

Fotos: Allison Izidro

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Wellington Farias
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