UFPB premia 160 trabalhos apresentados nos Encontros Acadêmicos

seg, 04/12/2017 - 07:43

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) premiou 160 trabalhos apresentados nos Encontros Acadêmicos 2017, mostra que reuniu, entre outubro e novembro, a produção dos estudantes da instituição, no XXV Encontro de Iniciação Científica (ENIC), no XVIII Encontro de Extensão (ENEX), no XIX Encontro de Iniciação à Docência (ENID) e no I Encontro Institucional de Pós-Graduação (ENIP). A premiação foi entregue na tarde do dia 27 de novembro, no Auditório Milton Paiva (reitoria), no campus I, em João Pessoa.

A reitora Margareth Diniz presidiu a mesa diretiva da cerimônia, composta, ainda, pelo pró-reitor de pesquisa Isac Medeiros, pela pró-reitora de graduação Ariane Sá, pelo pró-reitor de extensão e assuntos comunitários Orlando Villar, pela coordenadora-geral de acompanhamento e avaliação dos cursos de pós-graduação Márcia Batista da Fonseca, pela coordenadora-geral de programas acadêmicos de iniciação científica Cláudia Braga, pelo assessor da coordenação de currículos e programas Fábio do Nascimento Fonseca e pela coordenadora de programas de ação comunitária Marçonilia Maria Arnoud.

O pró-reitor Orlando Villar deu início às comunicações orais e avaliou o Prêmio Elo Cidadão 2017, que contemplou os projetos que obtiveram maiores médias no XVIII ENEX. “Esta é a primeira vez que entregamos o prêmio no mesmo ano das apresentações. Todos estão de parabéns! Tivemos um acréscimo de 17% no número de trabalhos inscritos. Ao todo, foram 1.081. Quase quatro mil estudantes se envolveram, além dos docentes. Gostaria de agradecer aos diretores de centro e aos assessores de extensão pelo acolhimento e pela participação”, cumprimentou Villar.

Em seguida, a palavra passou a Ariane Sá, que aconselhou os estudantes a darem continuidade aos seus trabalhos de Iniciação Científica e de Extensão e criticou a suspensão do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), pelo governo federal. “Educação deve ser política de Estado e não de gestão. Os programas precisam ter continuidade. Vários estão sob o risco de acabar. Mas as instituições estão resistindo. Cerca de 90% da inovação tecnológica deste país vêm das universidades federais, que devem continuar públicas e gratuitas”, defendeu a pró-reitora de graduação.

O pró-reitor de pesquisa Isac Medeiros tamém reprovou o corte de bolsas de Iniciação Científica pelo governo federal e informou que a universidade buscou contornar a situação. “Apesar do cancelamento, a UFPB tem custeado as 112 bolsas com recursos próprios. Cinco alunos do Ensino Médio, que tiveram suas pesquisas financiadas por esse programa institucional de bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), estão entre os premiados de hoje. Esta é a primeira vez que isso acontece”, disse. O Encontro de Iniciação Científica (ENIC) teve 1.451 apresentações orais.

Medeiros também apresentou outro dado importante. "Setenta por cento dos alunos que passam pela Iniciação Científica são aprovados em seleções para cursos de mestrado. Considerando todos os estudantes da UFPB, são um universo de cerca de 3%. No país, a média é de 1%", apontou. Conforme o pró-reitor, isso reflete nos resultados globais da instituição, ao longo do tempo. Ele destacou que “recentemente, foi divulgado ranking das universidades dos países do BRICS, integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ficamos entre as 200 melhores. Considerando somente as brasileiras, ocupamos a 23º colocação. No Nordeste, somos a terceira”.

A reitora Margareth Diniz, por sua vez, pontuou que, em 2001, o Governo Federal destinava 2,1 bilhões de reais para o Fundo de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (FIES), que financia estudos de graduação em instituições particulares de ensino. Em 2017, os valores destinados ao FIES estão na casa dos R$ 21 bilhões, enquanto os recursos para as universidades federais vêm sendo sistematicamente diminuídos. Além disso, a gestora relatou que também não foi lançado edital do Pibid nem de Extensão neste ano, e que foram cortadas 600 bolsas de monitoria, 100 de tutoria, mais de mil de Iniciação Científica. "Apesar dos problemas, realizamos os encontros acadêmicos com excelentes resultados e mantemos nossa posição, conquistada há três anos, de universidade número um na Extensão neste país”, finalizou a reitora.

Extensão aproxima as pessoas

A estudante do 5º período do curso de Direito Lara Sephora, 19 anos, e o aluno do 2º período do curso de Mídias Digitais Rodolfo Marques, 30 anos, foram dois dos vencedores do prêmio Elo Cidadão 2017, com o projeto “Curta Lapsos: Diálogos entre Direitos Humanos, Cultura e Sociedade”, coordenado pelo professor do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) Nelson Gomes Júnior, dentro da temática Direitos Humanos e Justiça.

Lara trabalhou como voluntária. Rodolfo foi bolsista. “Agora, pretendo desenvolver algum projeto de Iniciação Científica, a fim de me preparar para um curso de pós-graduação”, contou a futura advogada. Rodolfo está no início da segunda graduação e encantado com a experiência na Extensão. “A partir de trabalhos de Extensão, temos mais contato com as pessoas e com a comunidade acadêmica como um todo. Na Extensão, a gente vê os resultados imediatamente, por meio das vivências no cotidiano. É muito mais dinâmico. Aproxima as pessoas”, definiu o aluno.