UFPB premia 78 inovações tecnológicas

ImprimirImprimir

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) premiará 78 inovações tecnológicas, entre 66 patentes, 11 programas de computador e um desenho industrial, desenvolvidas por pesquisadores da instituição no último ano. Serão concedidos troféu e certificado aos vencedores.

 

A cerimônia do Prêmio de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros, que tem o intuito de reconhecer os esforços de pesquisa tecnológica na instituição, ocorrerá nesta quinta-feira (29), a partir das 19h, no Auditório Milton Paiva, no prédio da Reitoria, no campus-sede, em João Pessoa.

 

Produto à base de óleo essencial que serve como perfeito desinfetante para superfícies de aço inoxidável; inédito suporte de câmeras subaquáticas para oceanologia; verniz com ação fungicida duradoura; e processo de remoção de inibidores de fermentação utilizando carvão vegetal ativo obtido do bagaço de sisal são algumas das tecnologias laureadas.

 

De acordo com o diretor de propriedade intelectual da Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova-UFPB) Cleverton Fernandes, todas são viáveis e passíveis de proteção pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Ele espera que, neste ano, em termos de proteções tecnológicas, a UFPB tenha mais de 70 patentes depositadas, além de programas de computador e desenhos industriais.

 

Segundo o relatório Indicadores de Propriedade Industrial 2018 do INPI, divulgado em 5 de junho, a UFPB teve 66 pedidos de patentes de invenção em 2017. Esse total colocou a instituição como a quarta organização brasileira que mais deu entrada em pedidos e na terceira posição entre as universidades federais brasileiras. Ao avançar três posições na comparação com a classificação de 2016, foi a primeira vez que a UFPB esteve no Top 5 do ranking.

 

Para Cleverton Fernandes, uma das principais conquistas da Inova neste ano foi tornar a relação entre a UFPB, seus pesquisadores e as empresas brasileiras, mais próxima e efetiva, a partir do trabalho desenvolvido pela Diretoria de Transferência e Licenciamento Tecnológico. “Foram realizadas várias reuniões e visitas que estão possibilitando o surgimento de novos convênios ou acordos de cooperação em termos de pesquisa e desenvolvimento para 2019”.

 

Outro importante triunfo da agência em 2018 foi obter uma nova sede. “Desde 2013, estivemos sem um lugar definido e com problemas de infraestrutura. Com este novo espaço, teremos condições de melhor servir à comunidade acadêmica e à sociedade como um todo”. As novas instalações foram inauguradas no início deste ano, a fim de consolidar empreendedorismo tecnológico da UFPB no país.

 

No ano passado, o Prêmio de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros foi concedido a 32 equipes de inventores e 18 de autores de programas de computador. Os portfólios de todas edições anteriores estão disponíveis na página do prêmio.

 

 

 

Avaliação criteriosa

 

Cotidianamente, os alunos, professores e técnico-administrativos que desenvolvem tecnologias passíveis de proteção tecnológica, em atendimento à Resolução CONSUNI Nº 18/2017, enviam, através do Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (Sipac), suas soluções tecnológicas. Contudo, é comum que entrem em contato previamente, para sondar sobre a viabilidade da tecnologia.

 

“Posso afirmar que, em um ano, chegamos a receber visitas de mais de 100 grupos de pesquisas. Atualmente, dos 100% desses interessados em proteger suas criações, 60% realmente nos enviam processos formais requerendo essa proteção. Desse quantitativo, 90% são aprovados após as análises realizadas na Inova e seguem para o INPI.”, garante Cleverton Fernandes.

 

O diretor conta que, em 2018, o crivo aumentou para que a UFPB tenha tecnologias mais atrativas e viáveis para a indústria e para o comércio. “Algumas parecem simples, porém, para a região, são bastante atrativas por serem facilmente implantáveis nas empresas. Além disso, por meio do nosso portfólio, é possível revelar, a partir das inovações protegidas, as competências de nossos pesquisadores para futuras ações de pesquisa e desenvolvimento”.

 

As novas tecnologias são analisadas uma a uma pela equipe da Diretoria de Propriedade Intelectual quanto aos critérios formais exigidos INPI, entre eles ineditismo ou novidade da criação tecnológica, considerando o estado da técnica, e a viabilidade industrial e econômica.

 

Os critérios de análise são divididos em dois grupos: técnico e de negócios. No primeiro, são observados os investimentos empregados ao longo da pesquisa e desenvolvimento, quais produtos similares ou substitutos existentes, quais as vantagens e desvantagens técnicas em comparação aos produtos ou processos presentes no mercado.

 

No segundo, são verificadas as empresas que poderiam adotar a tecnologia, quais as oportunidades e os riscos mercadológicos para a solução tecnológica e quais treinamentos seriam necessários para reproduzir a tecnologia em escala comercial. Outras informações podem ser obtidas no site da Inova.

Fonte: 
Pedro Paz - Ascom/UFPB | Imagem: Divulgação
Compartilhar: