UFPB sedia Seminário Nacional de Educação e Movimentos Sociais

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O antropólogo Carlos Rodrigues Brandão, da Unicamp,  fez a conferência de Abertura do 6º Seminário Nacional de Educação e Movimentos Sociais realizado na UFPB. Seminário debaterá, até a sexta-feira (2), o modo de pensar, dizer e fazer dos movimentos sociais. Na abertura, o evento reuniu cerca de 200 pessoas que ouviram Brandão defender a vida com qualidade e o diálogo com o Outro

 

Na manhã desta quarta-feira (30), aconteceu a cerimônia de abertura do sexto Seminário Nacional de Educação e Movimentos Sociais, considerado o principal evento de discussão sobre os saberes e as práticas em educação popular que tem sido produzidos  na atualidade e orientando o modo de pensar, dizer  e fazer dos movimentos sociais. Este evento, que prossegue até sexta-feira (2) em diversos locais do Campus de João Pessoa, tem a coordenação dos professores Severino Bezerra da Silva e Orlandil Lima Moreira.

 

 

Entre os presentes na solenidade de abertura, a Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, professora Lúcia Guerra, que na oportunidade representou o Reitor da UFPB, Rômulo Polari;  professora  Nelma Mirian  de Araújo, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFPB) que representou o Reitor João Batista; Wilson Aragão, vice diretor do Centro de Educação e dos professores Severino Bezerra da Silva e Orlandil Lima Moreira do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE),  professor Charlinton José, do Programa de Pós-Graduação em Educação, além de  alunos de iniciação científica, professores, coordenadores de curso e de programas de pós-graduação da Paraíba e de outros estados.

 

 

Um dos coordenadores do evento, Severino Bezerra, deu as boas vindas aos participantes citando como exemplo um grupo vindo do Estado de Tocantins. “O Estado  continua manipulando  e a miséria reinando e é nessa perspectiva que os movimentos sociais continuam com a preocupação de melhorar e encontrar soluções para um mundo melhor não só nas escolas como também em outros locais” avaliou.

 

 

A Pró-Reitora Lúcia Guerra falou da satisfação da UFPB em sediar este evento organizado por meio da Pós-Graduação pelas suas linhas de pesquisa. “Encontramos esse foco não só na pesquisa como na prática fazendo uma interação do ensino  e a extensão. Este encontro será um momento de muito diálogo através do pensamento de Paulo Freire”, concluiu.

 

Diálogo com o Outro

 

A conferência de abertura, intitulada "Saberes e Práticas em Educação Popular", foi concedida pelo antropólogo e professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Carlos Rodrigues Brandão.

 

 

Em sua conferência, de aproximadamente uma hora, o antropólogo despertou o interesse de mais de 200 jovens e adultos. Brandão afirmou que se sentia orgulhoso por ter vindo à Paraíba, depois  de 40 anos. Citando exemplos de Paulo Freire,  ele relatou sua ida  nesta terça-feira (29) ao município de Bananeiras, onde conheceu as várias experiências do movimento popular da região do brejo paraibano.

 

 

“Nos tempos de hoje não podemos acreditar em falsos milagres e sim na força que nós unidos teremos. O único milagre é unirmos para transformar o mundo”, defendeu Carlos Rodrigues Brandão.

 

 

Acerca do papel da extensão cultural, ele explicou que o seu objetivo  é de colocar-se a serviço da sociedade. Para Brandão, a extensão cultural é o guarda-chuva da cultura popular. Esse trabalho está presente na saúde, na educação, na cultura e em outras áreas,  com o intuito de se criar uma universalidade popular.

 

 

Para o antropólogo, a felicidade está na maneira simples de levarmos a vida. “E preciso criar uma vida sustentada estritamente pelo essencial, uma simplicidade voluntária e transformar isso em vida anterior, em saber”, defendeu.

 

 

Essa vida de qualidade estaria na redescoberta do diálogo com o Outro. Na experiência da economia solidária, tendo claro a primeira troca da economia solidária e a troca de afeto, de amor. E não a economia tradicional, baseada exclusivamente na necessidade de aferir lucro.

 

 

O educador foi duro com aquelas pessoas que estudam não pensando em contribuir para uma humanidade melhor, mas pensando em um salário bom, a qualquer custo. “Se vende a alma, o talento e a vocação”, desabafou.

 

 

Outras informações a respeito do encontro  e a programação que vai até sexta-feira (2), no Programa de Pós-graduação em Educação no Campus da UFPB ou  na página eletrônica  http://www.wix.com/6sems2011/6sems2011 ou telefone (83) 3216 7702.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Marcos Figueiredo