Fórum Universitário discute evolução do ensino e desafios da Universidade

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O tema central da palestra do diretor do CNPq, Marcos Formiga, foi o futuro da Universidade e sua internacionalização com seus desdobramentos para um ensino que vive momentos radicais de mudanças, de olho nas tendências tecnológicas.

 

 

A Reitora Margareth Diniz abriu a terceira palestra do Fórum Universitário na noite desta segunda-feira (17) no auditório da Reitoria, destacando o vasto currículo do palestrante ressaltando que Marcos Formiga é um paraibano que soube trilhar os caminhos do conhecimento até chegar ao posto que ocupa hoje.

 

Em seguida o diretor do CNPq deu início a sua palestra fazendo um breve histórico do ensino universitário desde o século XI, mantido pelas ordens religiosas, passando pela Universidade da pesquisa no final do século XVIII, chegando ao século atual em que ele denomina de século da internacionalização do conhecimento.

 

As mudanças vividas em sala de aula, o preparo do professor para enfrentar os desafios do mercado e as perspectivas do futuro profissional, que sai da Universidade, foi um dos pontos fortes da palestra. “A Universidade precisa estar preparada para as mudanças, mas o professor e o aluno também precisam ficar atentos às mudanças. Por mais bem informado que seja o professor, a sua área de conhecimento ainda é restrita. O professor não é mais o único que transmite o conhecimento”, afirmou.

 

Marcos Formiga chamou a atenção para a aproximação do ensino universitário com o mercado de trabalho demonstrando, em números, a evolução das áreas de Ciências Humanas e Sociais e a consequente redução na pesquisa nas áreas tecnológicas o que compromete o crescimento econômico do Brasil. “O Brasil está importando Engenheiros. Formamos 44 mil Engenheiros, em média, por ano e o mercado demanda 70 por ano”, afirmou.

 

A preocupação com o ensino dos jovens brasileiros que estão fora da sala de aula (18%), foi destacada pelo diretor do CNPq que apontou esse problema como um fator preponderante para os problemas sociais vividos atualmente no Brasil e também para a consequente deficiência do ensino que não se integra com as necessidades do mercado de trabalho.

 

Quanto à internacionalização da Universidade brasileira, Marcos destacou a importância das 101 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras, que serão distribuídas até 2015, as quais “vão proporcionar ao estudante fazer ciência, produzir ciência não só para o Brasil, mas para o mundo. O CsF é um programa de internacionalização da Universidade brasileira que tem as características de mobilidade e desterritorialização dos conhecimentos buscando competitividade”, disse.

 

Ao final da palestra, o diretor do CNPq respondeu questões da plateia e indagado sobre a posição da região Nordeste no CsF, o diretor do CNPq referiu-se à região no mesmo patamar das regiões Sul e Suldeste na conquista de bolsas no programa.

 

O Fórum Universitário terá continuidade no segundo semestre com as palestras do ex-presidente Lula, do jornalista Luís Nassif e do senador Cristovam Buarque que vai debater sua proposta de federalização do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

 

 

Fonte: 
Ascom Reitoria - Bob Vagner c/ fotos de Oriel Farias