Maestro pernambucano rege concerto da Orquestra Sinfônica

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Para a apresentação com a OSUFPB Pop, o Maestro Duda preparou arranjos para homenagear Luís Gonzaga e Dominguinhos; nesta sexta-feira, às 20h

 

A versão Pop da Orquestra Sinfônica da UFPB (OSUFPB Pop) se apresenta nesta sexta-feira (30), às 20h, na Sala de Concertos Radegundis Feitosa, sob a batuta de um dos maiores nomes da música popular brasileira: o Maestro Duda. Eleito um dos doze melhores arranjadores do século XX, em nível mundial, o Maestro Duda é também um ícone do Frevo Pernambucano.

 

Para a apresentação com a OSUFPB Pop, o Maestro Duda preparou uma série de arranjos para celebrar outros dois grandes nomes da nossa música popular - Luís Gonzaga e Dominguinhos. Neste concerto, a OSUFPB Pop terá como solista o trompetista pernambucano Marcos Carneiro e contará ainda com a participação de grandes músicos da Paraíba, a exemplo de Helinho Medeiros (acordeon), Costinha (saxofone), Gabriel Moraes (guitarra), Baixo elétrico (Xisto Medeiros), Francisco Xavier, Dennis Bulhões e Glauco Andreza (bateria e percussão).

 

Este será o décimo quarto concerto da temporada 2013 da OSUFPB, um projeto desenvolvido pelo LAMUSI – Laboratório de Música Aplicada do CCTA-UFPB, coordenado pelo professor Heleno Feitosa "Costinha", em parceria com os Departamentos de Música e de Educação Musical. Mais outros onze concertos da OSUFPB e seus diversos segmentos estão programados até o final do ano, sempre às sextas-feiras, 20h, na Sala Radegundis Feitosa.

 

O Maestro Duda

José Ursicino da Silva nasceu em Goiana interior de Pernambuco, em 23 de dezembro de 1935. Aos oito anos começou a estudar música, aos dez já era integrante da banda Saboeira e logo escrevia sua primeira composição, o frevo Furacão.

 

Gênio da composição e arranjo, com ampla formação, chegou a tocar oboé na Orquestra Sinfônica de Recife, mas seu múltiplo talento o levou a experimentar de tudo. Formou várias bandas de frevo que invariavelmente eram eleitas nos carnavais como as melhores do ano. A carreira é repleta de sucessos e de grandes parcerias.

 

Para o teatro musicou "Um Americano no Recife", com direção de Graça Melo, e outras peças dirigidas por Lúcio Mauro e Wilson Valença. Foi chefe do Departamento de Música da TV Jornal do Comércio e depois contratado da TV Bandeirantes em São Paulo.

 

Compositor de choros gravados por Severino Araújo e Oscar Miliani, sambas gravados por Jamelão, músicas para Quinteto de Sopros e Quinteto de Metais, banda e orquestra, recebeu o prêmio de melhor arranjo de música popular brasileira em 1980, em concurso promovido pela Globo, Shell e Associação Brasileira de Produtores de Discos.

 

Foi escolhido pelo Projeto Memória Brasileira, da Secretaria de Cultura de São Paulo, como um dos 12 melhores arranjadores do século XX. Em 1997 o Projeto Memória Brasileira lançou o CD "Arranjadores", com seu arranjo para "Bachianas nº5", de Heitor Villa-Lobos, tocado pela Banda Savana, homenageando-o ao lado de outros grandes arranjadores brasileiros como Maestro Cipó, Moacir Santos, Cyro Pereira, José Roberto Branco e Nelson Ayres.

 

Em 2008, recebeu homenagem do Ministério da Cultura, por meio da secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) e da Representação Regional Nordeste (RR/NE MinC), no Conservatório Pernambucano de Música. O evento encerrou oficialmente a edição 2007 do Prêmio "Culturas Populares", que levou o nome do Maestro e também homenageou o centenário do frevo. 

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações do LAMUSI
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