ImprimirA Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi chamada a participar das comemorações dos 100 anos de nascimento do ex-governador do Estado, João Agripino Filho e, honrada, participará das homenagens que serão prestadas aquele ilustre homem público paraibano nas cidades de Brejo do Cruz, João Pessoa e Brasília.
A participação da UFPB no centenário de João Agripino foi requisitada por uma comissão da família Mariz Maia (Fábio Mariz Maia, Gervásio Maia e João Agripino Maia) que esteve com a Reitora Margareth Diniz em seu gabinete na tarde desta terça-feira (7), solicitando que a UFPB fique encarregada da análise e escolha da melhor Monografia sobre a vida do ex-político paraibano, num concurso que será lançado por ocasião das homenagens.
Na oportunidade, a Reitora disse que a instituição sentia-se honrada pelo convite e pela confiança nela depositada para a escolha da melhor monografia, e que a UFPB se integraria completamente nessas “que serão justas homenagens a este ilustre e digno homem público que a Paraíba e o Brasil tiveram.”
Curriculum Vitae
João Agripino Filho (Brejo do Cruz, 1 de março de 1914 — João Pessoa, 6 de fevereiro de 1988) foi deputado federal, senador, ministro de Minas e Energia, Ministro Presidente do Tribunal de Contas da União e Governador do Estado da Paraíba.
Filho de João Agripino de Vasconcelos Maia e Angelina Mariz Maia, começou seus estudos na Escola D. Higina e posteriormente foi estudar em João Pessoa, capital do estado, no Liceu Paraibano.
Prestou vestibular para Direito e formou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, foi líder estudantil, fazendo parte do grupo que se opunha ao integralismo e ao nazismo. Foi professor primário, promotor público no Rio Grande do Norte e na Paraíba, e advogado de pequenos camponeses.
Carreira política
João Agripino foi procurador da prefeitura do Brejo do Cruz, promotor público do Jardim do Seridó e um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN), candidatou-se nessa legenda, pelo seu estado, em 1946, cumprindo sucessivos mandatos, até 1961. Licenciou-se, nesse ano, para ser o primeiro titular do Ministério de Minas e Energia, permanecendo no cargo durante o governo Jânio Quadros, de 31 de janeiro a 25 de agosto de 1961, voltando à Câmara Federal.
Foi reeleito e, em 1962, elegeu-se ao Senado. Apoiou o movimento militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart; com a instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Foi governador da Paraíba de 31 de janeiro de 1966 a 15 de março de 1971; seu antecessor foi Pedro Gondim e foi sucedido por Ernâni Sátiro através do voto indireto; diretor do Banco Industrial de Campina Grande; ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) (1973), do qual foi presidente. Com a volta do pluripartidarismo, filiou-se, em 1981, ao Partido Popular (PP) e, com a incorporação deste ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), elegeu-se nessa legenda deputado federal, em 1982.