Marcílio Onofre, do Departamento de Música da UFPB, é único representante da Paraíba na Bienal de Música Brasileira Contemporânea, no Rio de Janeiro. Está é a segunda vez que o professor Onofre participa da Bienal na qual deverá marcar a estreia da peça "Granum Volubile", contemplada com um prêmio Funarte 

“Granum Volubile”. Este é o título da obra do compositor Marcílio Onofre, que será apresentada pela primeira vez na XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea, que está sendo realizada até 19 de outubro, no Rio de Janeiro. Onofre, que é professor do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (Demus/UFPB), é o único compositor a representar a Paraíba neste evento, considerado de grande importância para a música erudita brasileira.

“Granum Volubile” foi uma das obras contempladas com o prêmio “Composição Clássica”, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura. Essa é a segunda vez que Marcílio Onofre participa de uma bienal. A primeira foi em 2005. Escrita para violino, violoncelo e piano, a obra (2010) teve como ponto de partida a idéia de gerar diferentes tipos de articulação entre objetos sonoros formados por trêmulos e glissandi – técnicas específicas dos instrumentos de cordas. Composta como uma espécie de duo no qual o violino e o violoncelo formam um único instrumento que contrapõem-se ao piano. De acordo com especialistas, em larga escala, essa articulação leva à transformação timbrística da peça e, como última conseqüência, ao desaparecimento dos objetos sonoros iniciais.

A obra está dedicada ao Artesan Trio, grupo formado por professores do Departamento de Música da UFPB. Marcílio Onofre é vice-chefe do Departamento de Música e coordenador do Laboratório de Composição Musical (Compomus) da UFPB, além de mestre em Composição pela UFPB, sob a orientação de Eli-Eri Moura, e bacharel em piano pela mesma instituição.  Bolsista do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão em 2005, 2007, 2009, 2010 e 2011, tendo aulas e master classes com Almeida Prado, Jocy de Oliveira, Stefano Gervasoni e Silvio Ferraz. Em 2010, ele participou da Académie Internationale de Musique et de Danse du Domaine Forget (Canadá), tendo aulas com John Rea, Philippe Leroux e Denys Bouliane.

Informações no site www.compomus.mus.br.