Irene Rizzini, da PUC-Rio, mostra que apesar do alto índice de crianças abaixo da linha de pobreza, as políticas públicas devem ser para toda população infantil
Ao fazer nesta segunda-feira (17) uma palestra acerca do “Papel da universidade na rede de defesa e proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes”, a professora Irene Rizzini, da PUC-Rio, sugeriu que as universidades devem ter um pensamento e um olhar crítico sobre a questão.
Ela acrescentou que é papel da universidade não só atacar as práticas antigas, mas procurar entender e esclarecer mostrando dados e discutindo a questão, ampliando as possibilidades de que as pessoas e outros segmentos entendam a realidade inerente à defesa e proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Autora de vários livros a respeito, há mais de 30 anos, Irene Rizzini se dedica à questão das crianças em trabalhos para universidades e instituições. A palestra dela, proferida no auditório da Reitoria da UFPB, no campus de João Pessoa, fez parte do Seminário “Avanços e Desafios na Efetivação dos Direitos da Criança e do Adolescente – O Papel da Universidade na Fede de Defesa e Proteção”.
Segundo ela, 46% das crianças brasileiras estão abaixo da linha de pobreza. Neste contexto, a universidade tem um papel importante de olhar e discutir criticamente a situação reiterou em sua palestra assistida por um auditório lotado. “Enquanto mantivermos a idéia de política pública apenas para criança pobre, só visando este segmento da população, vamos deixando de lado os que têm condições financeiras, mas tem problemas como depressão, diabetes e outros males inerentes à sociedade contemporânea”, disse.