O evento acontece nesta quarta-feira (14), no auditório do campus, e conta com palestra e divulgação do livro “Educação do Campo, Agroecologia e a Luta pela Terra no Vale do Mamanguape/PB”

O campus IV Mamanguape, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realiza no dia 14no Auditório da Unidade, às 19h, a Palestra: “Campo, Desenvolvimento Sustentável e Educação no Vale do Mamanguape”. Após a palestra será a apresentação do livro Educação do Campo, Agroecologia e a Luta pela Terra no Vale do Mamanguape/PB, organizado pelos professores Antônio Alberto Pereira e Ivonaldo Leite.

A palestra será proferida pelo Dr. Luiz Gonzaga Gonçalves, professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPB/Campus I.

O livro

 O livro é um dos produtos resultantes da efetivação do Projeto Formação de Agricultores Familiares na Perspectiva da Sustentabilidade Sócio-econômica e Ambiental, desenvolvido sob os auspícios do CNPq mediante recursos obtidos por via do Edital nº 58/2010, e cuja execução ocorreu entre dezembro de 2010 e janeiro de 2014. 

O livro divide-se em três partes. Na primeira, enfoca-se a história da luta pela terra no Vale do Mamanguape-PB, colocando-se em realce depoimentos de protagonistas desse processo e o registro documental do mesmo. Na segunda, o foco incide sobre a resistência e a luta pela permanência na terra, especificamente, nos três assentamentos nos quais o Projeto foi desenvolvido (Novo Salvador, Jardim e Boa Esperança), buscando-se caminhos alternativos, ambientalmente sustentáveis, para a produção local. Na última parte, através de três trabalhos com autoria individual, realiza-se uma reflexão analítica a respeito de temas centrais do Projeto, como Agroecologia, Educação Popular e Educação do Campo. No todo, o fio condutor que garante unidade à obra consiste exatamente nessa busca de articulação entre a dimensão teórica e a dimensão prática. 

Portanto, o presente livro, nascendo a partir de um contexto local do estado da Paraíba (o Vale do Mamanguape), vem oferecer testemunho desse histórico e alternativo jeito de ser camponês. Que, buscando transformar sonhos em realidade, resiste e insiste em caminhar. Afinal, como, literariamente, afirma Guimarães Rosa, “o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia”.