Professor garante: “A UFPB é líder em inovação de softwares”

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O professor Petrônio Athayde Filho, Diretor Presidente da Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA UFPB), órgão ligado à Reitoria da instituição, levantou questionamentos em relação aos critérios como o Ranking Universitário Folha (RUF) aufere pontuação às diversas instituições de ensino público no país. Segundo ele, a UFPB é líder em inovação de softwares, o que é desconsiderado pela avaliação do RUF.

 

Recentemente, argumenta o dirigente da INOVA UFPB, a Folha de São Paulo (FOLHA) publicou um ranking de todas as universidades brasileiras (Ranking Universitário FOLHA 2014 – RUF). No quesito inovação a UFPB foi classificada em 29ª colocação, atrás da UFPE (11ª), UFBA (14ª), UFRN (21ª), UFS (26ª) e UFC (27ª). Ou seja, nos consideraram a 6ª do Nordeste em inovação. Em anos anteriores a UFPB ficou em 28º lugar em 2012 e em 27º lugar em 2013. O que houve então?

 

 

Questionada pela Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA-UFPB), a respeito dos critérios de avaliação de inovação, a FOLHA afirmou que só contabilizava os pedidos de patentes depositados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Seriam as patentes às únicas formas de inovação consideradas e protegidas pelo INPI? O que dizer, por exemplo, dos programas de computador (softwares)? Atualmente o INPI protege marcas, patentes, desenhos industriais, indicações geográficas, programas de computador e topografia de circuitos integrados.

 

 

Dentre as modalidades de proteção poderíamos descartar “marcas” e “indicações geográficas”, pois a primeira é destinada a distinção de um produto ou serviço prestado no mercado, enquanto que a segunda requer a proteção por meio da ação de cooperativas de produtores e governo. Desta forma, essas modalidades de proteções não fariam sentido nas universidades. Já as proteções por “desenho industrial” e “topografia de circuito integrado” ainda são subutilizadas por boa parte das universidades brasileiras. De acordo com a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica do Nordeste (Rede NIT Nordeste), tais proteções são raras entre universidades nordestinas. Desta forma restam patentes e programas de computador.

 

 

Caso fossem contabilizadas apenas as proteções na modalidade “programa de computador”, a UFPB seria a primeira colocada com 22 proteções já registradas! A UFBA seria a segunda colocada com 14 proteções, a UFS terceira com 11, a UFPI quarta devido aos 08 registros e a UFPE com 07. A UFRN e a UFC contabilizaram apenas 02 proteções cada, enquanto que a UFAL detém apenas 01 (vide quadro a seguir):

 

 

Tabelas 1 – Ranking por Softwares no Nordeste.

Posição:

Quantidade deSoftwares:

IFES*:

22

UFPB

14

UFBA

11

UFS

08

UFPI

07

UFPE

02

UFRN

02

UFC

01

UFAL

 

* - IFES: Instituição Federal de Ensino Superior.

 

 

Ou seja, a UFPB pode ser considerada, entre as IFES nordestinas, a universidade que mais inovou em softwares, mantendo boa vantagem em desenvolvimento e registro nessa modalidade de proteção tecnológica no INPI. 

 

 

Caso fossem contabilizadas ambas as formas de proteção (patentes e programas de computador) a UFPB deixaria a 6ª colocação, entre as IFES do Nordeste, e passaríamos para a 3ª colocação; atrás apenas da UFPE (108 proteções) e da UFBA (92 proteções) no período analisado pela FOLHA (ver quadro a seguir):

 

 

Tabela 2 – Somatório Tecnológico das IFES do Nordeste.

Posição:

Patentes:

Softwares:

Somatório:

IFES:

101

07

108

UFPE

78

14

92

UFBA

42

22

64

UFPB

58

02

60

UFRN

47

11

58

UFS

53

02

55

UFC

40

08

48

UFPI

24

-

24

UFMA

19

01

20

UFAL

 
Fonte: 
Ascom - Reitoria (Fernando Caldeira / Jéssica Azevedo) informações da CGIT/INOVA-UFPB
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