Diretor do CI fala de tecnologia digital inclusiva em colóquio

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Lavid apresentou aos participantes o projeto Brasil 4D, realizado pela EBC, Lavid e TV UFPB, que levou TV digital interativa para 100 famílias de baixa renda

 

O diretor do Centro de Informática (CI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Guido Lemos, apresentou, nesta quarta-feira (15), para uma plateia de professores e pesquisadores brasileiros e de outros países, projetos com foco em inclusão digital que o Núcleo de Pesquisa e Extensão Lavid do CI vem realizando, há vários anos, e que contribuem para a ampliação do acesso de pessoas de baixa renda e com necessidades especiais às novas tecnologias.

 

Guido Lemos participou, juntamente com a coordenadora do Curso de Mestrado em Jornalismo da UFPB, Joana Belarmino, da mesa de encerramento do II Colóquio Internacional de Pesquisas em Educação Superior, promovido pelo Centro de Educação (CE), no Campus de João Pessoa, e que abordou o tema “Educação superior, tecnologias digitais e inclusão na UFPB”.

 

Durante sua apresentação, o diretor do CI falou sobre o processo de implantação da TV digital no Brasil, no qual o Núcleo Lavid se destacou por ter participado da equipe que desenvolveu o Ginga. Esse software tornou possível a interatividade no sistema brasileiro de televisão digital e permite ao telespectador uma participação mais ativa durante a programação, como, por exemplo, responder a enquetes e realizar compras, através da TV, com o uso do controle remoto.

 

Guido Lemos ressaltou o potencial dessa tecnologia para acelerar a inclusão digital de milhões de brasileiros com necessidades especiais. Ele disse que projetos que adotam o Ginga, a exemplo do Brasil 4D, realizado pelo Lavid, EBC, TV UFPB e um pool de empresas e instituições, além do LibrasTV, desenvolvido pelo Lavid, poderão responder a muitas necessidades de tecnologia assistiva no país se forem incluídos em políticas de governo e disponibilizados em larga escala.

 

Na ocasião, os participantes do colóquio tiveram a oportunidade assistir a programação do projeto Brasil 4D, um canal de serviços com transmissão digital e interatividade que foi disponibilizado, entre 2012 e 2013, especialmente para cem famílias de baixa renda de três bairros de João Pessoa. O projeto é uma iniciativa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e foi implantado pelo Núcleo Lavid, com apoio da TV UFPB, Prefeitura de João Pessoa, Câmara Municipal e em parceria com outras universidades, instituições e empresas. A coordenação na Paraíba foi do professor e pesquisador Guido Lemos e da jornalista e pesquisadora de TV digital do Lavid, Madrilena Feitosa.

 

Na residência de cada uma das famílias participantes do Brasil 4D foi instalado um set-top box, uma antena digital e um controle remoto que, ao ser acionado, permitia aos telespectadores realizarem escolhas durante a exibição da programação do canal de serviços, com opções que permitiam sair do fluxo normal e ter acesso a outros conteúdos. Esse canal interativo foi transmitido em alta definição, através da TV Câmara de João Pessoa. “Foi a primeira experiência de interatividade na TV pública digital brasileira com famílias de baixa renda”, afirmou Guido Lemos.

 

Ao abordar sobre a importância de a TV brasileira e outras plataformas oferecerem, cada vez mais, conteúdos com a Linguagem brasileira de sinais (Libras), Guido Lemos falou sobre o projeto LibrasTV, desenvolvido pela equipe do Lavid e que  permite maior acessibilidade de pessoas surdas à TV digital, web e cinema digital.

 

Através dessa plataforma digital e interativa, os conteúdos em Libras são gerados para a TV digital, web e cinema digital, a partir da tradução automática de textos, legendas ou áudio, e representados por um avatar, uma espécie de agente animado virtual 3D.Para a geração desses conteúdos, um Dicionário de Libras está sendo modelado e desenvolvido pela equipe do projeto, juntamente com uma ferramenta web de construção colaborativa de sinais em Libras, denominada WikiLibras. A proposta é permitir que colaboradores possam participar do processo de desenvolvimento do Dicionário de Libras, através da adição de novos sinais ou da edição dos sinais existentes, tornando o seu desenvolvimento mais produtivo. Esse projeto é coordenado pelo professor do CI, Tiago Maritan, e por Guido Lemos.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações da Ascom do Centro de Informática
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