A reitora da Universidade Federal da Paraíba, Margareth Diniz, compareceu, na manhã desta sexta-feira (22), ao velório do artista plástico Hermano José, do qual era amiga.

Artistas, como Fred Svendsen, Clóvis Júnior e Flávio Tavares, e admiradores chegavam a todo momento para prestar as últimas homenagens ao ativista cultural.

Hermano José tinha 92 anos e morreu no fim da tarde de ontem, em um hospital de João Pessoa, onde estava internado devido a problemas renais e de pressão.

Em março desse ano, Hermano José foi homenageado pela UFPB com uma sala instalada na Biblioteca Central no campus de João Pessoa, onde estão expostas várias peças da coleção pessoal do artista e que fora doada por ele para a instituição.

Durante a inauguração da sala, a professora Margareth Diniz destacou a trajetória de Hermano José que se dedicou ao aprimoramento das artes plásticas na Paraíba com enorme contribuição e influências para várias gerações de artistas, além do seu pioneirismo na criação da Pinacoteca da UFPB.

Sobre Hermano José

Nasceu na cidade de Serraria, Brejo paraibano, em 1922, mas morou durante os primeiros anos da infância em Caiçara e se mudou para João Pessoa aos 11 anos. Ao chegar à capital paraibana se encantou pela barreira do Cabo Branco e não parou de pintá-la até 1956, quando se mudou para o Rio de Janeiro. Porém, mesmo distante, tornou-se militante da preservação ecológica do Cabo Branco.

Já no Rio, ele abraçou artistas conterrâneos como Miguel dos Santos, que comungavam de seus ensinamentos. Suas gravuras em metal conquistaram o mundo. Uma delas faz parte do acervo do Museu Metropolitano de Nova York, nos Estados Unidos.