Curso de Zootecnia repudia depoimento do Presidente do CFMV

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Coordenação e Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), Campus II em Areia, publica uma carta que repudia depoimento do Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) feito em um canal de televisão.

 

Confira a carta:

“A Coordenação do Curso de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias – Areia/PB vem por meio desta, manifestar a indignação ao depoimento do Sr. Benedito Fortes Arruda, Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) feito em entrevista ao Canal Rural, onde afirmou que “No mundo todo a Zootecnia não é considerada profissão... é apenas uma área de conhecimento que tanto faz parte da Veterinária como da Agronomia” (Canal Rural, 22/10/2015).

Ao fazer esta declaração o Presidente do CFMV demonstra a mais absoluta falta de conhecimento sobre a profissão e desrespeita os milhares de Zootecnistas que atuam em diversos segmentos do agronegócio no Brasil e no mundo. A profissão de Zootecnista foi regulamentada pela Lei 5.550, de 4 de dezembro de 1968, a dispõe sobre o exercício da profissão Zootecnista. Acrescentamos ainda que, os cursos de Zootecnia estão presentes em mais de 60 países. Somente no Brasil são mais de 100 cursos espalhados por todo o território nacional, graduando cerca de 2.000 novos Zootecnistas a cada ano, os quais realizam atividades universitárias por 10 semestres, com uma carga horária de estudos, pesquisas, estágios de ±4.000 horas.

 

Na Paraíba, o curso de Zootecnia foi criado através da Resolução do Conselho Universitário da UFPB Nº 79/1976 e implantado no Centro de Ciências Agrárias da UFPB, localizado na cidade de Areia/PB, depois reconhecido pela Portaria MEC Nº 63/80 de 15 de janeiro de 1980, portanto, próximo de completar o marco de 40 anos de existência. Desde então este Curso, ano a ano, gradua Zootecnistas que se destacam nas mais diferentes áreas da Produção Animal, contribuindo com o mercado de trabalho, através da prestação de serviços à sociedade em todos os setores do agronegócio nacional, além da significativa participação nas instituições de ensino, pesquisa e difusão de tecnologia em todo país.

 

Com o seu pronunciamento saturado de desconhecimento, falta de ética e de maneira preconceituosa, atinge negativamente a imagem de profissionais, estudantes, instituições de ensino superior, associações profissionais e os sindicatos da classe no país, demonstrando claramente que o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) não tem se disposto ou sequer está preparado para amparar os anseios dos Zootecnistas.

 

O Projeto de Lei 1016/2015 não foi discutido com os Zootecnistas no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs, que os abriga. Mesmo assim, de maneira autoritária seu Presidente e a grande maioria dos presidentes dos Conselhos Regionais de todo o País, declararam-se contrários ao citado PL e aproveitaram para pronunciarem palavras de repúdio e ofensa aos profissionais Zootecnistas deste País.

 

Posto isso, os Zootecnistas e os estudantes de Zootecnia do Curso de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, através desta Coordenação e endossado pelo Departamento de Zootecnia, exigem uma retratação do Sr. Arruda, nas mesmas mídias pelas quais a sua declaração circulou para a sociedade brasileira, e ainda sugerem a sua saída do cargo de Presidente do CFMV, por acharem que a sua representação fere frontalmente os interesses da sociedade brasileira, quando permite que pessoas tão arbitrárias ocupem cargos tão importantes”,

 

Profa. Safira Valença Bispo

Coordenadora do Curso de Zootecnia

Universidade Federal da Paraíba

Depto. de Zootecnia/CCA - Areia - PB

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações do CCA
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