UFPB elege 2012 como o ano da Pós-Graduação e da Pesquisa

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Pós-Graduação tem 72 cursos, 700 docentes e 4 mil alunos;  o nível de excelência das pesquisas obtém reconhecimento nacional e exporta tecnologia

 

A Universidade Federal da Paraíba elegeu 2012 como o Ano da Pós-Graduação e da Pesquisa, o que se deve, provavelmente, aos resultados obtidos nos últimos anos, quando o nível de excelência na área passou a ser reconhecido nacionalmente. Os números não mentem: são 72 cursos de pós-graduação; 700 professores; e mais de quatro mil alunos. Se não bastasse, os investimentos em 2011 superaram a casa dos R$ 60 milhões – elevando a UFPB à condição de terceira universidade do Brasil que mais obteve recursos. Para o pró-reitor de Pós-Graduação, Isac Medeiros, todo esse reconhecimento pode ser atribuído à priorização dos aspectos quantitativo e qualitativo das linhas de pesquisa.

 

Entre outras pesquisas que estão em andamento, Isac Medeiros destacou estudos nas áreas de violência urbana, biocombustíveis e medicamentos fitoterápicos. Segundo ele, são pesquisas de excelência desenvolvidas na própria UFPB que trazem benefícios para a sociedade e colocam a instituição em posição privilegiada no Brasil e no mundo.

 

“Isso também possibilita a UFPB a exportar tecnologia e ganhar destaque mundial. Hoje a UFPB tem mais de 1,4 mil projetos de pesquisa em andamento. A demanda é muito alta e é importante lembrar que uma pesquisa pode envolver mais de um projeto”, explicou Medeiros. Segundo ele, este não foi o primeiro ano em que a instituição conseguiu posição de destaque na captação de recursos. “Em 2009, ficamos na 12ª colocação. No ano passado, em 8º lugar. Em 2011, a UFPB obteve a terceira colocação”, observou.

 

Medeiros lembrou que, neste ano, 148 universidades concorreram no processo de captação de recursos, das quais 117 obtiveram êxito, ressaltando que a Paraíba só ficou atrás de São Paulo e Santa Catarina. Medeiros destacou que as fontes de recursos em 2011 foram as mais diversas, citando como exemplo, a Petrobrás, BNB, Anvisa e a própria Capes.

 

Isac Medeiros afirmou que a Universidade Federal da Paraíba evoluiu bastante no conceito acadêmico, particularmente junto à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). “Portanto, a escolha de 2012 como o Ano da Pós-Graduação e da Pesquisa vem premiar o trabalho desenvolvido pela PRPG. Vale dizer que foi uma escolha estritamente administrativa, do próprio reitor Rômulo Polari. Na verdade, ele tem dedicado um olhar especial para as várias atividades de pesquisa e pós-graduação”, explicou Medeiros.

 

Violência pesquisada

 

Uma das pesquisas da UFPB, em andamento, diz respeito à violência urbana, que há três anos vem sendo desenvolvida no Laboratório de Estudos da Violência (Levi), localizado no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Campus de João Pessoa. É no Levi onde um grupo de pesquisadores estuda a razão do crescente número de homicídios registrados em João Pessoa. De acordo com o coordenador Ariosvaldo Diniz, o estudo já rendeu outros subprojetos para mestrado e doutorado.

 

Diniz afirma que o objetivo é tentar identificar as causas que levam ao homicídio em João Pessoa, ressaltando a preocupação em trabalhar com dados quantitativos. Ele revela que podem ser várias as explicações para os crimes ocorridos em João Pessoa. Para chegar a uma conclusão sobre o assunto só mesmo colhendo farto material. Para isso, foi formada uma equipe com 20 pesquisadores (professores e alunos), que estuda a questão da violência na capital. O grupo vai elaborar uma contínua cartografia da violência não só na Capital, mas em todo o Estado da Paraíba, com o intuito de contribuir com ações de prevenção e intervenção na escalada da criminalidade.

 

Ainda de acordo com Ariosvaldo Diniz, os estudos são forjados em autos de processo ou de inquérito policial, ouvindo autores e vítimas dos delitos. Também são ouvidas pessoas que se relacionam ou se relacionavam com os envolvidos nos autos. A etapa seguinte é de análise deste material, quando serão observadas as consequências verificadas a partir do cometimento de crimes. O coordenador da pesquisa ressalva que muitos dos dados apresentados são construídos pela polícia e pela imprensa, focalizando determinados grupos como negros, jovens e pobres da periferia, restando aos pesquisadores coletar o material e fazer uma espécie de filtro dessas fontes.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Costa Filho
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