Ópera paraibana estreia na Escola de Música da UFRJ

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A Paraíba projeta-se na cena operística do Rio de Janeiro nesta semana com a estreia da “Ópera do Mambembe Encantado”, que tem música do compositor do Departamento de Música da UFPB, Eli-Eri Moura, e libreto do escritor Tarcísio Pereira. A ópera dos paraibanos abre a “I Bienal de Ópera Atual (BOA)”, na Sala Leopoldo Miguez, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos dias 1º, 2 e 3 de setembro.

 

A apresentação faz parte dos eventos de Música Erudita promovidos pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, com direção artística do compositor carioca Mário Ferraro.

 

A história da “Ópera do Mambembe Encantado” foi concebida a partir de um romance de autoria de Tarcísio Pereira, que o adaptou para a forma de libreto. Com quatro personagens principais (Carranca, Raquel Beleza, Alex Sandromagia e Ana Beleza), a trama trata de um triângulo amoroso entre um palhaço, um mágico e uma bela malabarista que trabalhavam num circo mambembe do interior do Nordeste. Uma alegoria do conflito entre o imaginário e o real, desenvolve-se em uma fábula repleta de encantos e magias dentro do universo de opressão, preconceitos e miséria dos artistas circenses.

 

Sobre a música, o compositor Eli-Eri Moura declara: “A ‘Ópera do Mambembe Encantado’ resulta da fusão de minha experiência como compositor de música de concerto e de música incidental para teatro e cinema. Esses dois mundos musicais, que refletem minha 'bipolaridade' composicional, se encontram no 'Mambembe' – sobre libreto do fantástico escritor e dramaturgo Tarcísio Pereira, para o qual já compus diversas trilhas sonoras. De certo modo, a nossa ópera está também impregnada com várias maneiras nordestinas, dançantes e dramático-musicais, de contar uma história, como o Cavalo Marinho, o Maracatu Rural, o Reisado, o Bumba-Meu-Boi, dentre outras.”

 

O elenco da ópera reúne importantes nomes do cenário lírico nacional, como os cantores Homero Velho, Lara Cavalcanti, Flávio Leite e Gabriela Geluda. Os solistas serão acompanhados pela orquestra residente Abstrai Ensemble, grupo carioca de música de câmara contemporânea. Carlos Prazeres, maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia, é o diretor musical. A direção de cena é assinada por Marcelo Cardoso Gama, com assistência e coreografia de Rubem Gabira. Os cenários e figurinos são criados pelo artista plástico Ricardo Cosendey. O cenário é atemporal, colorido e realizado com materiais reciclados. Tanto Marcelo quanto Ricardo trazem na bagagem vasta experiência internacional, moraram cerca de 20 anos em Viena e trabalharam com diversos balés, óperas, a ópera “Medeia”, um clássico revisitado com música e libreto do premiado pianista e compositor Mário Ferraro - diretor artístico do projeto.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com Assessoria
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