O cineasta e professor aposentado da UFPB, Linduarte Noronha, 81 anos, faleceu na madrugada desta segunda-feira (30), no Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa, de parada respiratória.  Linduarte ficou conhecido pela sua obra mais célebre Aruanda que teve grandes repercussões estéticas para o cinema brasileiro.

O sepultamento do cineasta ocorreu no final da tarde desta segunda-feira no Cemitério Parque das Acácias, na capital paraibana, onde também aconteceu o velório.

O cineasta estava internado há uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São Francisco, por conta de uma dificuldade respiratória apresentada depois de ser acometido por uma pneumonia.

Linduarte Noronha foi repórter, critico de cinema, procurador do Estado e professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Paraiba, onde se aposentou nos anos 90. Linduarte influenciou toda uma geração de documentaristas e ficou conhecido internacionalmente pela sua obra Aruanda, sendo considerado precursor do Cinema Novo inclusive por Glauber Rocha seu representante mais expressivo.

O curta Aruanda (1960) trata da fundação de um quilombo de escravos fugidos na Serra do Talhado, em Santa Luzia do Sabugi (PB), e revisita a região, quase um século depois, flagrando uma família camponesa que subsiste de algodão, plantado pelos homens, e cerâmica, obra das mulheres. Os quilombos marcaram época na história econômica do Nordeste canavieiro.

Assista aqui o curta Aruanda.