Com o auditório da Reitoria repleto de profissionais e estudantes de diversas áreas, o 1º Seminário sobre Uso Medicinal da Cannabis, realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Liga Canábica da Paraíba, tratou sobre o uso de medicamentos à base da planta em pacientes com autismo, na quarta (26).

A palestra foi proferida pela psiquiatra Eliane Guerra Nunes, que também é coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Santo André (SP) e do Núcleo de Toxicomania da Clínica Lacaniana de Atendimento e Pesquisas em Psicanálise (Clipp). Em sua fala, a pesquisadora parabenizou a UFPB e a Liga pela discussão: "Vocês estão fazendo história aqui".

A reitora Margareth Diniz destacou, na abertura, a importância da pesquisa e do desenvolvimento de fitoterápicos, incluindo os canabinoides obtidos a partir da Cannabis sativa, para a melhoria da qualidade de vida de pacientes. ​ “A UFPB é pioneira nesse processo. É preciso encaminhar a discussão do uso medicinal da planta com maior celeridade no país para sua legalização e evitar qualquer constrangimento aos que podem dela se beneficiar em seu tratamento”, afirmou.

Compondo a mesa de abertura do seminário, estiveram o representante do Ministério Público Federal, Mário Guilherme Leite de Moura; o representante da Defensoria Pública da União, Edson Júlio de Andrade Filho; e a representante do mandato da deputada estadual Estela Bezerra.

Participaram, ainda, a organizadora do evento e coordenadora do projeto de extensão “Cannabis medicinal: a educação é o melhor remédio e pode salvar uma vida”, Katy Lísias Gondim; o presidente do Instituto Revertendo a Autismo (IRA), Moisés Ortega; e o presidente da Liga Canábica da Paraíba, Julio Américo, que falou sobre a luta da entidade para difundir o conhecimento científico sobre a planta.