UFPB participa de homenagem a João Pedro Teixeira

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Núcleo de Cidadania e Direitos HUmanos da UFPB promove o "“Cinquentenário do Assassinato de João Pedro Teixeira”, líder das Ligas Camponesas

 

O Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) convida a comunidade em geral para participar das atividades em alusão ao “Cinquentenário do Assassinato de João Pedro Teixeira”, no dia 2 de abril, no município de Sapé. O evento promovido pelo NCDH, vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), homenageia o líder do movimento das Ligas Camponesas na Paraíba, vítima do poderio latifundiário.

 

As atividades começarão às 9h, com concentração no Cemitério Nossa Senhora da Assumpção. Logo em seguida, às 9h15, haverá a caminhada até a Praça João Pessoa, naquele município. As atividades serão retomadas às 13h30, com a carreata para o povoado de Barra de Antas, na zona rural de Sapé. A inauguração do Memorial das Ligas Camponesas, em Barra de Antas, está prevista para as 14 horas.

 

A casa onde viveu João Pedro Teixeira, localizada no Sítio Barra de Antas, será transformada em um memorial, onde também será implantado um centro de formação para jovens e adultos, agricultores da região. Fundador da primeira Liga Camponesa na Paraíba, Teixeira é considerado um mártir da luta pela terra no Nordeste. Sua vida dedicada à defesa dos agricultores despertou a fúria de grandes latifundiários, culminando com o seu assassinato no município de Sapé, localizado na mesorregião da mata paraibana.

 

João Pedro Teixeira

 

O início dos anos 1960 não foi nada pacífico para o movimento camponês na Paraíba. Naquela época, os latifundiários intensificaram suas ações armadas levados pelo sucesso alcançado pelas Ligas Camponesas, interpretadas como uma grave ameaça aos interesses dos proprietários de terras. Eram comuns os confrontos entre trabalhadores e capangas contratados.

 

O aumento do foro (valor pelo arrendamento da terra), o fim do “cambão” (o equivalente da “corveia” medieval) e também das ameaças de morte e dos castigos corporais foram algumas das principais reivindicações dos camponeses por meio das associações de trabalhadores, que a imprensa da época transformaria nas lendárias Ligas Camponesas. Foi nesse vendaval de acontecimentos que João Pedro, conhecido pelo seu destemor, senso prático e solidariedade, viria a atuar em prol dos trabalhadores rurais.

 

João Pedro Teixeira nasceu em 4 de março de 1918, no distrito de Pilõezinhos, à época pertencente ao município de Guarabira (a 90 km de João Pessoa). Começou a trabalhar no campo em Massangana, em Cruz do Espírito Santo, com jornadas que lhe tomavam praticamente o dia todo. Quando alcançou a maioridade, foi trabalhar numa pedreira próxima a Café do Vento, localidade onde ainda passam os viajantes em direção a Campina Grande ou Sapé. Ali conheceu a jovem Elizabeth Teixeira, com quem se casou em 26 de julho de 1942. João Pedro foi assassinado numa emboscada no dia 2 de abril de 1962, em Café do Vento, quando retornava de João Pessoa.

 

O telefone do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB é o (83) 3216-7468.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Costa Filho
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