Festival mostra cultura japonesa na Paraíba

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Neste sábado (29) e domingo (30) será realizado o “XIII Festival do Japão na Paraíba”, na quadra verde do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê). É uma realização da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba (ACBJ-PB) em parceria com o Consulado Geral do Japão em Recife, o Unipê e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A parceria da UFPB se dá através do projeto de extensão “Música, inclusão, cultura oriental, práticas linguísticas e psicossomáticas” – uma continuidade do Projeto Cultura Oriental, coordenada pela professora Alice Lumi Satomi, do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) da UFPB.

 

A Associação Cultural Brasil Japão da Paraíba (ACBJ-PB) surgiu em 2004 com a iniciativa de entusiastas da cultura japonesa, sobretudo de professores da UFPB. Nesses treze anos, foram organizados doze festivais e realizadas atuações em espaços educativos e de inclusão social, levando os grupos musicais e a arte do origami, através de oficinas ou performances. “E somos orgulhosos dos nossos oito jovens que foram ao Japão – todos da UFPB e que integram o grupo de taiko – no âmbito do intercâmbio cultural, da graduação e pós-graduação, através de bolsas ou incentivo de ambos os países”, afirma Alice Lume Satomi.

 

Para a 13ª edição, o Festival preparou além das oficinas – de arranjo floral ikebana, de dobraduras de papel (origami) e de pano (furoshiki), de desenho mangá, de idioma japonês e arte em pincel sumiê, demonstrações de artes marciais, jogos, karaokê e cosplay – a exposição das heráldicas e brasões de clãs (kamon), trazida pelo Consulado Geral do Japão no Recife. Uma palestra sobre a história e simbologia dos Kamon será proferida por Mizuki Takahashi, voluntária da JICA – Agencia Japonesa de Cooperação Internacional – para o curso de japonês da ACBJ-PB e responsável, também, pela oficina, demonstração e decoração de ikebana, estilo ikenobo, e oficina de sumiê.

 

Na ilustração do XIII Festival temos um origami que faz menção ao Kasato Maru, o primeiro navio da imigração japonesa, que aportou em terras brasileiras, em junho de 1908. Apesar das ilusões e vicissitudes prevalecem as superações, esforços, esperança e espírito coletivista, sobretudo dos pioneiros dessa diáspora. Hoje a comunidade Nikkei está bem assimilada, em vários setores da sociedade brasileira. Uma imigração bem sucedida, que representa quase 1% da população brasileira, uma parcela considerável para uma história de 110 anos.

 

Para celebrar a data a programação de 2018 apresenta o resultado dessa confluência através das palestras sobre “A arte de arqueiros na cultura indígena e japonesa”, por Sônia de Sá, sobre a arte da ilustração de Lúcia Hiratsuka, pela escritora Neide Medeiros e a presença da música clássica na história da imigração japonesa, pela professora Alice Lumi. Outra palestra é sobre a recente modalidade esportiva do baseball na Paraíba, por Arthur Lima.

 

No domingo, após as palestras sobre artes, às 14h30 haverá uma apresentação musical organizada pelo projeto de extensão mencionado, que envolve o trio Jampakoto, de flauta e cítaras koto; o coro Hatsuhinode, o coro da FUNAD, o Engenho Imaginário e o Tatakinan-daiko. Como convidados especiais temos o trio do cantor Fábio Xavier, de Natal, e Kayami Satomi, violoncelista, professor e regente da Universidade Federal de Uberlândia (UFU/MG). Ambos solaram no CD Mosaico nipo-andestino-brasileiro, outra publicação do Projeto. Fábio foi bolsista de extensão, associado da ACBJ-PB e continua cultivando a arte e cultura japonesa. Kayami é uma referência brasileira do violoncelo, reconhecido em alguns países da América Latina e nos Estados Unidos.

 

Os grupos musicais prepararam um repertório especial para a comemoração dos 110 anos, reservando um momento para as peças nipônicas mais tradicionais, outro, para o cancioneiro moderno e o diálogo com peças brasileiras ou latino-americanas. Figuram no repertório autores como Michio Miyagi, Villa-Lobos, Joe Hisaishi, Ryoko Moriyama, Joe Hirata, Violeta Parra, Gil, Chico César e Paulo Ró, entre outros.

 

Mais informações pelo e-mail: alicelumi@gmail.com ou pelo telefone: (83) 3252.1445.

 

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com Assessoria
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