Filme sobre a independência do Congo encerra atividades do Cinema francófono

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Em sua décima e última sessão, o projeto de extensão “Cinema francófono: estética, poder e relações interculturais” apresenta o filme “Lumumba, a morte do profeta” [Lumumba, la mort du prophète/ (Alemanha, França, Suíça, 1992] dirigido pelo cineasta Raoul Peck. A sessão será às 16h, desta quinta-feira (13), no Cine Aruanda, no Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba (CCTA/UFPB), seguida de debate com Isabella Valle (professora do Departamento de Comunicação da UFPB, fotógrafa, comunicóloga e produtora cultural) e Serge Katembera (doutorando em Sociologia pela UFPB e membro da rede Mondoblog.org da Radio France Internationale - RFI), com mediação de Aécio Amaral (coordenador do projeto e professor do Departamento de Ciências Sociais da UFPB).

 

Mais conhecido pelos recentes “Eu não sou seu negro” (2016) e “O jovem Karl Marx” (2018), o cineasta haitiano Raoul Peck já vinha de uma carreira de curtas documentais com temática político-sociais nos anos 1980 quando realizou seu primeiro longa, a ficção “Haitian Corner” (1988). Em 1992 lança seu segundo longa, o documentário “Lumumba, a morte do profeta”, onde conta a história de Patrice Lumumba, fundador do Movimento Nacional Congolês, primeiro-ministro em 1960, quando o Congo conquistou a independência e logo depois vítima de um golpe de estado impetrado pelo seu vice, Mobutu. Tendo vivido pessoalmente este episódio em sua juventude, trata-se também de uma narrativa pessoal que inclui reflexões sobre o discurso da África pós-colonial e sobre o poder da imagem – ou de sua ausência.

 

Lançado no dia 7 de maio, o projeto “Cinema francófono: estética, poder e relações interculturais” viabilizou discussões tanto a partir de sessões de cinema seguidas de debates como também de sessões de estudos. Nas primeiras exibições, por ocasião do cinquentenário do Maio de 68, os filmes e discussões escolhidos privilegiaram este acontecimento emblemático, seguindo-se de sessões que abordaram os mais variados temas como questões raciais, imigração e multiculturalismo, buscando sempre a interface com a contemporaneidade. Chris Marker, Agnès Varda, Jean Rouch, Jean Vigo e Claire Denis foram alguns dos diretores que tiveram suas obras escolhidos pela curadoria para compor o projeto.

 

De modo paralelo, também ocorreram sessões de estudos que municiaram a recepção dos filmes da mostra com discussões teóricas, propondo o exercício de, a partir dos autores, revisitar os filmes do ciclo de exibições e conectar reflexões da atualidade sobre a ótica da estética, do poder e da interculturalidade.  Gilles Deleuze, Jacques Rancière, André Bazin e Renato Ortiz foram alguns dos autores estudados para embasar as discussões. 

 

O projeto é realizado pelo Grupo de Estudos em Estética, Técnica e Sociedade (DCS/UFPB) e o Departamento de Mediações Interculturais da UFPB, em parceria com a Assessoria para Assuntos Internacionais, Idioma sem Fronteiras, Associação Brasileira dos Críticos de Cinema, Cinemateca da França/Embaixada da França / InstitutFrançais e Alliance Française. Reafirmando a disposição de partir do cinema como dispositivo gerador de problematizações e contando com a atenção dedicada de especialistas do campo da arte e humanidades, o projeto destacou-se como ação relevante na área de extensão sendo um dos vencedores do Prêmio Elo Cidadão 2018 concedido pela PRAC (Pró-Reitora de Assuntos Comunitários).

 

Mais informações pelo e-mail: gets.dcsufpb@gmail.com; na página:

https://www.facebook.com/events/1691607617622496/?notif_t=plan_user_invited&notif_id=1527810309462117.

Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com Assessoria
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