O curta paraibano que retrata a prática dos vaqueiros de conduzir o gado foi o vencedor do melhor documentário no II Cinecipó realizado em Santana do Riacho
O curta-metragem paraibano “O Som do Aboio”, lançado em abril deste ano, na festa do padroeiro, em São José dos Ramos (PB), foi premiado com o troféu D. Mercês, na categoria melhor Documentário, no II Cinecipó – Festival de Cinema Socioambiental da Serra do Cipó, realizado esta semana em Santana do Riacho, Minas Gerais. Resultado de uma capacitação do projeto de audiovisual Janela do Mundo, com a participação de 20 jovens, e dirigido por Adriano Roberto, o documentário também recebeu o Troféu Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), de Incentivo ao Audiovisual, no II Curta Coremas, na cidade de Coremas (PB), no último mês de maio.
Segundo Dudé Rodrigues, responsável pela produção executiva, o documentário eternizou a cultura do aboio em São José dos Ramos. “Essa cultura é disseminada e reproduzida de geração em geração na contramão do mundo contemporâneo. Jovens e crianças se tornam conhecidos pela prática de toadas de vaqueiros, seguindo o legado do mais famoso aboiador, Zé Preto, que não foi o último de um tempo e de um povo, e que compõe a equipe ao lado de Marcelo Quixaba, orientador de direção, fotografia e montagem, e Edglês Gonçalves da Silva, coordenador no município”.
O diretor e aluno participante, Adriano Roberto, disse estar realizado com esse documentário. “Estou muito confiante com relação à repercussão desse filme nos festivais de cinemas. Enche-me de alegria saber que demos asas à nossa imaginação a partir do momento em que abraçamos essa oportunidade do projeto Janela do Mundo. Esse filme é a concretização de nosso objetivo enquanto projeto, deixando pra nós uma aprendizagem significativa. Falar do vaqueiro é o mesmo que abrir uma caixa de tesouros. Sua vasta cultura e sabedoria enriquecem o filme de maneira orgulhosa por se tratar de uma profissão pouco valorizada, mas que representa com autoridade a cultura nordestina”, observou.
Além de produzir o documentário “O Som do Aboio”, o projeto Janela do Mundo desenvolveu ações que capacitaram jovens e moradores, na Casa da Cultura Zé Preto, em São José dos Ramos, e no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana (PB). Os objetivos são manter viva a memória para o resgate da autoestima da comunidade e estimular uma visão crítica da linguagem do audiovisual dos participantes.
O projeto Janela do Mundo é patrocinado pelo Programa BNB de Cultura, em parceria com o BNDES, com apoio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB-Prac-Coex), Núcleo de Produção Digital (NPD-PB) e Prefeitura Municipal de São José dos Ramos.
Equipe:
DIREÇÃO/ROTEIRO - Adriano Roberto
ARGUMENTO - Criação coletiva
PRODUÇÃO - Edglês Gonçalves, Vinícius Santos e Wilma Rejane
PRODUÇÃO DE SET - Elielson Freitas e Wilma Rejane
FOTOGRAFIA e OPERADOR DE CÂMERA - Leila Nascimento
ASSISTENTE DE CÂMERA - João Batista Cavalcante
SOM - Janiele Felix e Sulivan Alves
ASSISTENTE. DE SOM - Vinícius Santos
MONTAGEM - Adriano Roberto e Sulivan Alves
FINALIZAÇÃO - João Paulo Palitot
MAKING OF - João Paulo Lima e Edglês Gonçalves
PRODUÇÃO EXECUTIVA - Dudé Rodrigues
ESTAGIÁRIOS - João Paulo Lima e Carine Fiúza
ORIENTAÇÃO DE DIREÇÃO, FOTOGRAFIA E MONTAGEM - Marcelo Quixaba
ORIENTAÇÃO DE ROTEIRO - Torquato Joel
Elenco:
Givaldo Berto da Silva (Seu Mario)
José Aniceto de Brito (Zé Brito)
Joel de Lima Silva
Jossé Alves de Araújo (jessé)
Maria das Neves de Araújo Chaves (Lila)
Maria Laura de Albuquerque Maurício (pesquisadora)
José Valter de Farias Rodrigues (Zé Val)
Josefa de Farias Rodrigues e Silva (Marines)
Cecília de Farias Rodrigues (esposa de Zé preto)
José Serafim da Silva (Zé preto)
Raimundo Januário Neto (nem)
José Nildo da Silva Lima (Leigo)
João Rafael Simplício de Mendonça (Rafa)