“A universidade deveria existir para ajudar estudantes, formar bons profissionais, mas ela destrói sonhos, cria indivíduos frustrados e doentes”. A fala é de Arthur Silva (nome fictício), estudante do oitavo período de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. Com 23 anos, ele faz parte dos jovens universitários que, além de conhecimento, adquiriu, na sua trajetória acadêmica, diversos transtornos mentais incapacitantes. (...) Para a psicóloga clínica Sarah Lopes, entender os próprios limites é o primeiro passo na tomada de qualquer decisão do indivíduo. “A nossa vida é como um cassino. Ninguém aposta todas as fichas num único número. Temos família, lazer, estudo. Precisamos nos dedicar a tudo isso, porque quando você se devota a uma única coisa a chance de frustração é maior, pois você não tem outras ‘ancoras’ para ajudar”.