O presente artigo, construído a partir de reflexões proporcionadas pela nossa pesquisa de doutoramento, em andamento, se propõe a analisar, nos quadros da crise de percepção da contemporaneidade, as relações entre o universal e o particular no currículo e no ensino de História. Assim, elegemos os significantes “encontros culturais” e “História local”, através dos quais procuramos interpretar significados emergidos da Matriz Referência do ENEM e dos discursos dos sujeitos da pesquisa. Entrevistamos uma estudante e uma professora de História, do ensino médio, de uma escola pública da cidade de João Pessoa. Apoiando-nos em conceitos da Teoria do Discurso, especialmente nas formulações de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe sobre “puro particularismo”, “desenvolvimentos separados”, “universal e particular” e “hegemonia”, defendemos que o currículo e o ensino de História continuam utilizando concepções e práticas da modernidade cartesiana para pensar a complexidade contemporânea.

Palavras-chave: Currículo. Ensino de História. Teoria do discurso.