Dentre o métier de possibilidades temáticas que a história nos permite debruçar, nos enveredamos neste artigo a analisar os resquícios do golpe civil-militar de 1964 durante as festas de comemoração do Centenário de Campina Grande (1964). Pretendemos investigar como os militares desde os primeiros dias passaram a “cassar e caçar”, apontando as singularidades do fato em solo campinense. Adotamos como fonte de pesquisa o jornal Diário da Borborema, por ser um periódico de circulação diária na cidade e alguns documentos iconográficos. Quanto ao método de pesquisa, trilhamos pela análise das falas, impressões e observações produzidas do contato com nossas fontes, sempre com a preocupação de irmos além do meramente escrito, no sentido de compreender seus discursos como resultantes das relações de poder. Como artífices de Clio, buscaremos apresentar como as águas turbulentas de março atingiram a cidade de Campina Grande no ano do seu centenário.

Palavras-chave: Campina Grande. Golpe Militar. Centenário de Campina Grande.