Última alteração: 2014-12-29
Resumo
O Movimento Escoteiro se constitui em um método de educação não formal, que atrai crianças e jovens no mundo inteiro. Idealizado no ano de 1907, pelo general inglês Baden-Powell, o Escotismo, logo se expandiu para outros países, inclusive para o Brasil. Apesar de Baden-Powell negar qualquer semelhança militar, o Movimento Escoteiro sempre esteve associado ao militarismo. Na cidade de Campina Grande, o inicio das atividades escoteiras remonta ao ano de 1980, em um contexto marcado pelo discurso nacionalista da ditadura militar. O discurso escoteiro, fundamento na disciplina, moral e nos valores cívicos, que se propunha a complementar a educação de crianças e jovens campinenses, para torná-los cidadãos ativos e úteis para a sociedade, logo, chamou a atenção de muitos pais, que passaram a procurar os Grupos de Escoteiros da cidade (General Sampaio, Santos Dumont e Baturité), para disciplinarem os seus filhos. Muitos desses pais associavam o escotismo ao militarismo, chegando até mesmo a pensar que os Grupos de Escoteiros eram uma preparação para o Exército. O presente artigo propõe uma reflexão do Movimento Escoteiro na cidade de Campina Grande, durante as décadas de 1980-1990, problematizando como foram construídas as representações sobre o escotismo em Campina Grande. Para a concretização desse estudo, realizamos uma pesquisa qualitativa no P.O.R (Programa de Organização e Regras) que rege os escoteiros do Brasil, também fizemos pesquisas nos arquivos dos referidos Grupos, em jornais, e recorremos ainda, ao método da História Oral, assim, entrevistamos pessoas que fizeram parte do Movimento Escoteiro, no recorte temporal privilegiado nesse estudo.
Palavras-chave: Campina Grande. Escotismo. Militarismo. Representações