O presente artigo, trata-se de um estudo em fase inicial, a qual nasceu da leitura das cartas pastorais publicadas pelo jornal da diocese “A Imprensa”. Nas páginas do periódico “A Imprensa”, é evidente a constância de pensamentos das ideologias da classe dominante, o periódico faz valer-se de porta voz dos interesses desta classe. Especificamente neste momento onde o país passava por um período politicamente conturbado, e a igreja católica via-se obrigada a manter uma postura de atalaia, reafirmando seu poder pastoral através das cartas e não perder suas ovelhas para as novas ideologias politicas que estavam sendo apresentadas e semeadas pela imprensa não católica.  No primeiro momento deste artigo fizemos uma breve análise historiográfica sobre a importância da imprensa como meio de comunicação e suas interfaces na história. No segundo momento fazemos um relato sobre Dom Adaucto de Miranda Henriques, sua origem, sua ascensão ao bispado, suas influencias políticas e sociais na Paraíba, sendo participante ativo na romanização do Estado da Paraíba. E por fim, analisaremos o uso da imprensa, no discurso do arcebispo, como meio de propagação de seus ideias eclesiásticos, fortalecendo o pensamento de que a “Boa Imprensa” seria aquela que estaria relacionada aos preceitos da Igreja Católica Romana, rejeitando toda e qualquer imprensa que não fosse vinculada a mesma, para isso utilizamos a carta pastoral “Nosso dever para com a imprensa” de 1918 publica no Jornal A Imprensa. A metodologia utilizada nessa pesquisa foi a leitura de cartas e jornais pastorais publicadas pela própria imprensa Católica, e também leitura complementares de bibliografias para dá suporte teórico.

Palavras-chave: Imprensa. Poder. Religião.