Portal de Conferências do Laboratório de Tecnologias Intelectuais - LTi, XVI Encontro Estadual de História (v. 16, n. 1, 2014)

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CACOS DE PASSADO E DE MEMÓRIA: A DITADURA MILITAR BRASILEIRA (1964-1985) E ENSINO DE HISTÓRIA
Silvano Fidelis de Lira, João Batista Gonçalves Bueno

Última alteração: 2014-12-29

Resumo


Em 2014, assistimos uma série de tentativas de “recuperação de passado”, quando da comemoração dos cinquenta anos da Ditadura Civil-Militar brasileira. Esse processo foi uma tentativa de trazer para o presente a memória traumática do passado brasileiro. Muitos professores de História das escolas básicas engajaram-se nesse processo. Propomos refletir neste artigo sobre o uso de documentários para ensino de história. A atividade de analisar o documentário “O Dia que durou 21 anos” (2011), de Flávio Tavares, foi muito utilizada nas escolas brasileiras, pois esta produção é facilmente encontrada na internet. Este documentário relaciona diferentes momentos e tempos históricos, os quais constroem uma teia que relacionam problemas sociais, políticos e culturais. Acreditamos que podemos criar reflexões sobre o uso desse documentário como documento histórico em sala de aula, utilizando as reflexões elaboradas pelo filósofo alemão, Walter Benjamin (2012) nas suas “Teses sobre o conceito da História” Pretendemos, assim, contribuir para que as discussões realizadas em sala e aula e que tem como objeto este filme, alterem as visões do presente ao mesmo tempo que alterem as visões do passado dos alunos. Utilizamos também como referenciais teóricos E. P Thompson e M. Chartier.

Palavras-chave: Ditadura Militar; História; Prática de Ensino.


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