Última alteração: 2014-12-29
Resumo
No Ensino de História de acordo com os parâmetros nacionais, a experiência de aprendizagem deve ser significativa, alicerçada no objetivo do desenvolvimento das habilidades e competências do educando. Desta forma o trabalho com novas formas de linguagens vem contribuir para a quebra deparadigmas estabelecidos de que a História é uma disciplina que não tem relação com a vivência do aluno e, portanto vista como chata ou enfadonha. Ao mesmo tempo em que promove o aprimoramento da capacidade de leitura e interpretação de diferentes formas linguísticas por parte do aluno. O trabalho com a música nas aulas de História, através de uma relação interdisciplinar pode tornar as aulas mais dinâmicas e participativas no sentido de relacionar o conteúdo, o contexto histórico e a realidade social do aluno.Ressaltando a música como linguagem educacional em que o autor tem por base uma experiência pessoal, cultural e social, queremos por meio da analise da música, Cálice, composição de Chico Buarque e Gilberto Gil, buscar perceber como a composição musical pode configurar-se enquanto importante fonte histórica, reveladora de posicionamentos ideológico-partidários a partir do contexto em que foi produzida. Nossa proposta é tentar desvendar a música e seus usos políticos enquanto forma de resistência a tortura e a censura, durante o período militar (1964-1985). Partindo da concepção de que o conhecimento histórico também é produzido no ambiente escolar através do debate entre o professor e seus alunos, numa constante adequação das discussões acadêmicas ao mundo da escola, através do desenvolvimento do senso crítico dos alunos, compreendemos que a música ao fazer uma crítica da realidade social ensina história e permite a construção da aprendizagem histórica a partir do cotidiano escolar.
Palavras-chave: Ensino de História. Interdisciplinaridade. Música. Regime Militar