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REFERÊNCIAS CRUZADAS 2: MARX E A CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Última alteração: 2015-12-11
Resumo
Este trabalho resulta de uma pesquisa maior, que tem como um de seus objetivos produzir uma bibliografia autorizada sobre ética, política, epistemologia, informação e suas interfaces, bem como estudos críticos desta bibliografia. Sua questão de fundo é como a informação foi pensada pelos filósofos de referência nessas áreas e como estes são pensamentos são apropriados pela Ciência da Informação. Metodologicamente, é uma pesquisa bibliográfica e documental comparada. Cruza referências teóricas significativas da filosofia, mais especificamente da filosofia moral, da filosofia política e da filosofia da ciência, e da Ciência da Informação, sobre ética, política e epistemologia, e analisa os cruzamentos. Neste artigo, buscou-se identificar e discutir a presença de Marx, Gramsci e Lukács nos anais dos Gts 1, 2 e 5 do Enancib, bem como em alguns dos principais periódicos brasileiros em Ciência da Informação. Marx, por ser referência universalmente reconhecida na própria fundação das ciências sociais; Gramsci e Lukács, por estarem entre os mais influentes representantes da tradição teórica inaugurada por Marx, seja em filosofia política, seja em epistemologia. Acrescentamos que a obra dos três é atravessada por reflexões de natureza ética, embora isso não seja óbvio. Concluiu-se que os autores elencados são praticamente ou integralmente ignorados entre nós. Exploramos a hipótese de que isto se deve a certa tradição tecnicista e tecnocrática da Ciência da Informação, de matriz positivista e neoliberal. No campo crítico, por outro lado, lemos bem Bourdieu, Foucault, Deleuze e Frohman, autores identificados com o estruturalismo e o pós-estruturalismo, escolas que nasceram, por assim dizer, precisamente de um diálogo crítico com o pensamento marxiano.
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