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Fórum Brasileiro de Deep Techs debate investimento, fomento e segurança jurídica

publicado: 12/09/2024 09h41, última modificação: 12/09/2024 09h41

João Pessoa foi palco do último encontro regional do 2º Fórum Brasileiro de Deep Techs. O evento reuniu grandes nomes do ecossistema de inovação para debater como transformar o Brasil em um celeiro de Deep Techs. Neste ano, o Fórum que já passou pelas cidades de São Paulo, Brasília e Belém, chega ao Nordeste para sua última parada. O Fórum é realizado pela Wylinka e Caos Focado, com patrocínio do Sebrae e apoio local da Agência UFPB de Inovação Tecnológica – INOVA UFPB.

 

 

A abertura do evento destacou o potencial do empreendedorismo científico para o desenvolvimento regional, com a Funetec apoiando startups e conectando ciência e mercado. Nos painéis, discutiu-se o desafio de atrair capital privado, a importância da inovação aberta e o papel do governo e da academia no suporte às deep techs.

Os casos das startups Nanomonde Labs e Pluvi mostraram o impacto da conexão com o mercado. A necessidade de um ambiente seguro para inovar e crescer foi reforçada, promovendo a colaboração entre academia, mercado e governo.

 

 

Inovação na Hora de Investir e Fomentar: Conectando Atores e Potencializando Negócios

O primeiro painel, intitulado “Inovação na Hora de Investir e Fomentar”, contou com a participação de Miguel Chaves (Caos Focado), Sandro Cortezia (Ventiur), Francilene Garcia (UFCG/SBPC) e Cláudio Furtado (SECTIES PB). Sandro Cortezia abordou um dos maiores desafios para as deep techs: a atração de capital privado para investimentos em ciência. Ele destacou que, embora a Ventiur tenha uma visão voltada para startups de base tecnológica, o investidor privado busca retorno financeiro e não investe por benevolência. Francilene Garcia ressaltou a importância de considerar as transformações do mundo ao trabalhar com inovação e destacou o potencial do nordeste para ser um polo de fontes limpas e renováveis. Para ela, a ciência precisa estar aberta à inovação, e as empresas devem pensar além do mercado local, derrubando barreiras e promovendo a colaboração. Cláudio Furtado enfatizou a importância da diversidade no governo, principalmente no aporte inicial, e destacou a necessidade de soluções tecnológicas para monitorar praias e o turismo, com foco em sustentabilidade e energia limpa.

 

 

Construindo um Espaço Seguro para Arriscar e Crescer: Desafios e Oportunidades

No segundo painel, “Construindo um Espaço Seguro para Arriscar e Crescer”,Rafael Figueiredo, da Prefeitura de Recife, destacou iniciativas como o Eita Recife, que mapeia laboratórios universitários para fomentar a inovação. Fabiana Hiluey, do Senai Paraíba, abordou o desafio de conectar a ciência com a indústria, enfatizando a necessidade de uma linguagem mais acessível e de fortalecer as conexões para que a inovação chegue ao mercado. Ela também ressaltou a importância de levar as leis de inovação e do bem para a indústria, facilitando a participação dessas entidades nos processos de inovação.

Flávio Soares, da FADEX, e Karolina Celi, da Sede de Design, também participaram do painel, abordando a segurança jurídica para deep techs e a importância dos laboratórios para acelerar a inovação. Karolina destacou as barreiras culturais que ainda existem e a necessidade de incentivar mais a cultura empreendedora na academia, promovendo um ambiente em que ideias possam florescer sem medo de falhar. Ela ressaltou o valor das comunidades de deep techs, que, apesar dos desafios, continuam sendo um espaço de apoio e desenvolvimento mútuo para empreendedores, pesquisadores e indústrias.

Já Flávio Soares destacou a atuação da FADEX, que desenvolveu um modelo para centralizar o trabalho dos núcleos de inovação das ICTs com quem atua. Dessa forma, ela consegue compartilhar recursos com esses NITs e acelerar o processo de inovação.

 

 

Cases Deep Tech - Rodada 1 - NANOMONDE LABS

Os casos de startups deep techs foram apresentados a seguir, começando com a Nanomonde Labs. Eduardo Tavares explicou que o apoio inicial para a startup veio do Catalisa ICT, que ajudou a aprimorar a comunicação e os processos por meio de mentorias. Ele destacou a importância de sair do laboratório e focar no mercado, enfrentando as perguntas iniciais que todo empreendedor faz, como encontrar investidores e clientes. A Nanomonde Labs se destaca pelo desenvolvimento de revestimentos avançados para diversos setores, como dispositivos médicos, têxtil, automotivo e eletrônico.

Conceição Moraes, do Sebrae PE, trouxe insights sobre o Catalisa ICT Júnior, que visa ampliar o acesso ao empreendedorismo para alunos de graduação, integrando-os com os NITs e alinhando as pesquisas ao mercado. Ela destacou o impacto positivo das mentorias e da formação em métodos ágeis, preparando os alunos para o mercado de startups.

 

 

Cases Deep Tech - Rodada 2 - PLUVI SOLUÇÕES AMBIENTAIS

Outro destaque foi a apresentação da Pluvi Soluções Ambientais, liderada pelo Prof. Júlio Luz, que transforma água da chuva em água potável. A startup nasceu de várias produções científicas e busca resolver a falta de acesso à água potável para milhões de pessoas. Júlio Luz mencionou que a Pluvi recebeu apoio de iniciativas públicas e foi orientada pelo Polo Tec para se tornar uma startup.

Com o produto PluGow, a startup permite que casas tenham seu próprio sistema de saneamento básico. O impacto do projeto já é visível, com Recife sendo uma das cidades que mais utiliza água da chuva no mundo, o que representa um avanço significativo em um país onde muitos ainda não têm acesso à água potável.

 

Mais detalhes: Fórum Deep Techs João Pessoa

 

Fonte: Wylinka