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R$ 4,5 Milhões Impulsionam o Projeto Replanta Mangue - PB: uma iniciativa crucial para a salvaguarda dos manguezais na APA da Barra do Rio Mamanguape com a Participação Estratégica do CCAE
Fotografias: Elaine Bernini
No cenário desafiador da preservação ambiental, o Projeto Replanta Mangue – PB surge como um farol de esperança para os manguezais do Litoral Norte da Paraíba. Coordenado pelo Geógrafo Joaquim Araújo de Melo Neto, o projeto é uma iniciativa da ONG SOS Sertão, em parceria com diversas entidades comprometidas com a sustentabilidade, incluindo o Campus IV da UFPB, ICMBio, Funai, Secretarias de Meio Ambiente de Rio Tinto, de Marcação e de Baía da Traição, Sindicatos, Associação de Artesãos e Guias de Turismo e Usina Japungu, entre outras.
O financiamento é proveniente do edital Manguezais do Brasil (Chamada FUNBIO 19/2022), que apoia projetos com foco na restauração ecológica de manguezais e restingas no território brasileiro. Recentemente, o projeto foi contemplado com R$ 4,5 milhões para a execução de ações estratégicas ao longo de 48 meses. No cenário mais amplo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras divulgaram no dia 28 de novembro de 2023, os oito vencedores do edital Manguezais do Brasil (dentre eles, o Projeto Replanta Mangue – PB) que contarão com R$ 47,3 milhões para ações de recuperação da vegetação nativa em áreas de manguezal e restinga no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO é a agência executora.
O objetivo do Replanta Mangue – PB é claro: elaborar e implementar um Plano de Restauração dos Manguezais, Apicuns e Restingas da Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape. Com a participação ativa de comunidades, Instituições de Ensino e agentes públicos, o projeto busca fortalecer iniciativas que garantam a permanência das ações voltadas à restauração desses ecossistemas cruciais.
As ações previstas incluem: (1) a elaboração e implementação Plano de Restauração dos manguezais, apicuns e restingas da APA da Barra do Rio Mamanguape; (2) mobilização e realização de capacitações com comunidades, Instituições de Ensino e agentes públicos visando o fortalecimento de iniciativas que resultem na permanência das ações voltadas à restauração dos ecossistemas; e, ainda, (3) desenvolvimento de estratégias de comunicação para aumentar a participação dos atores envolvidos com intuito de divulgar as ações do Plano de Restauração.
O Projeto Replanta Mangue – PB representa um passo significativo na preservação dos recursos naturais da Paraíba e destaca a necessidade urgente de ações concretas para enfrentar os desafios ambientais. A iniciativa não apenas visa restaurar ecossistemas ameaçados, mas também promover a conscientização e a participação ativa da sociedade na construção de um futuro sustentável.
O manguezal apresenta grande importância ecológica, econômica e social. Esse ecossistema fornece fontes alimentares (ex.: peixes, crustáceos e moluscos) e propicia a geração de renda (ex.: ecoturismo e artesanato) para comunidades costeiras. Além disso, as florestas de mangue funcionam como berçário para muitas espécies que habitam os ecossistemas marinhos. Os manguezais também sequestram/armazenam o carbono mais rápido e podem estocar mais carbono por unidade de área do que as florestas terrestres, representando um importante mecanismo natural para mitigação das mudanças climáticas. A restinga é outro ecossistema de elevada importância, pois além de estabilizar sedimentos costeiros, ainda desempenha outros serviços ecossistêmicos que beneficiam direta ou indiretamente os seres humanos, como polinização, regulação climática e amortecimento de impactos gerados pela mudança climática global.
O papel do Campus IV da UFPB, representado pelo Departamento de Engenharia e Meio Ambiente (DEMA), é fundamental para o sucesso do projeto. A colaboração de profissionais como a Profa. Dra. Elaine Bernini, o Dr. Frederico Lage-Pinto e o Prof. Leonardo Figueiredo de Menezes, evidencia o comprometimento da universidade em ações práticas de conservação dos ecossistemas costeiros.
*Com informações de Elaine Bernini e Frederico Lage-Pinto.